InternetData CenterAssinante
Colunista Willi Backes
NossaCasa

Por Willi Backes

Criciúma, Sesquicentenáiro 1880 – 2030

Criciúma, Sesquicentenáiro 1880 – 2030
Por Willi Backes Em 11/04/2023 às 20:15

O Centésimo Quinquagésimo Aniversário – Sesquicentenário - 150 Anos de Fundação de Criciúma, está chegando, é logo ali, no 06 de janeiro de 2030.

Quem nasceu em 1980, ano das comemorações do Centenário de Fundação de Criciúma, em 2030 estará comemorando 50 anos de vida. Naqueles tempos quem tinha 10 anos, estará com 60 anos nas comemorações do Sesquicentenário. A juventude com 20 anos em 1980 estará com 70 anos, será a terceira idade. A terceira idade, com 60 anos ou mais em 1980, infelizmente, não estará presente para comemorar em 2030 o Sesquicentenário.

Segundo o IBGE, em 1980 a expectativa média de vida do brasileiro era de 66,01 anos. Em 2022, a média subiu significativamente para 77 anos. Em 2030, no Sesquicentenário de Criciúma, a idade média do brasileiro deverá ser igual ou, bem próximo aos 80 anos de vida. O considerável aumento no tempo da expectativa de vida aqui e na média nacional, imagino, deva-se a três importantes fatores: melhoria na qualidade do meio ambiente (educação, moradia, controles sanitários), qualidade da alimentação, acompanhamento preventivo e tratamento medicinal.

QUEM SOMOS, DE ONDE VIEMOS, PARA ONDE IREMOS

As gerações que construíram a história econômica e social de Criciúma até as comemorações do Centenário de Fundação, em 1980, com muita labuta e sacrifícios, disponibilizaram base sólida para continuidade e novas edificações das gerações subsequentes. O registro histórico do Centenário de Criciúma revelou uma cidade polo regional em plena efervescência econômica e cultural.

Convencionou-se que o intervalo de gerações pode ser entendido como sendo a idade média dos pais, 25 anos, no momento que nasce sua progênie ou como intervalo transcorrido de tempo entre os estágios correspondentes do ciclo de vida em gerações sucessivas.

Assim, podemos considerar que a quarta e quinta geração de residentes criciumenses estavam na ordem do dia nas comemorações do Centenário em 1980, e, a sétima e oitava geração estarão na gestão das coisas no ano do Sesquicentenário em 2030.

Considerando tempos históricos, somos jovens, quase iniciantes.   

CENTENÁRIO 1980, CHEGADA SESQUICENTENÁRIO 2030

É imprudente elaborar considerações sobre a trajetória econômica e cultural de Criciúma como se a cidade/município fosse uma ilha. A geografia regional propiciou que inúmeras ilhas/comunidades próximas formassem um arquipélago com interação para prosperidade.

A extração mineral do carvão, principal atividade econômica de Criciúma por décadas, nos anos 80 se encontrava em plena atividade. Nos tempos atuais continua como indústria importante na produção de insumos, porém, contestado nas questões ambientais. A inovação no aproveitamento dos subprodutos da mineração busca oferecer ganhos econômicos e ambientais.

As indústrias produtoras de cerâmica branca, na sua expressiva maioria encontra-se sob propriedade e gestão de organizações empresariais nacional e estrangeira. A indústria cerâmica na Década de 80 era compulsivamente emergente e a presença institucional e promocional nas comunidades produtivas era exponencial. Hoje, cada vez mais moderna e fria atividade profissional comercial, coloca o sul catarinense entre os principais polos mundiais na produção cerâmica de pisos e azulejos para revestimentos.

Pouco mais do que iniciantes nas Décadas de 70 e 80, as indústrias de vestuário e confecções, metalomecânica, embalagens plásticas e descartáveis, buscaram expressão industrial, empresarial e econômica no Estado de Santa Catarina e no Brasil. Do princípio até os tempos atuais perduram questões dificultadas relacionadas ao fornecimento de insumos e principalmente, oferta de mão-de-obra com média qualificação.

Até as comemorações do Centenário de Criciúma, a cidade oferecia alternativas comerciais definidas mercadologicamente como comércio de rua. Poucas eram também as alternativas supermercadistas. Nas décadas que se seguiram três shoppings centers foram edificados na cidade, bem como outlets varejistas. As ruas comerciais evoluíram. E mais, não há cidade no Estado Catarinense hoje que está tão bem servido pela quantidade e qualidade de mercados e supermercados. A qualidade aqui oferecida é modelo que se expandiu para importantes cidades e Estados do sul.

Nos anos 80, o desporto amador era extremamente ativo, ainda decorrente da ausência do futebol profissional nos anos 70, mas que se reorganizava para voltar com solidez. Daqueles anos até hoje, o Criciúma Esporte Clube - entidade que reuniu e somou torcidas e simpatizantes por osmose incentivada todas agremiações locais e regionais – é o clube mais regular no desempenho técnico e gestão dentre todos do Estado. As conquistas regulares, o avanço urbano e populacional, incentiva estudo para nova sede com visão regional para a prática e recepção esportiva profissional.

Da mesma forma, a Expo 100, Feira do Centenário promovida em 1980, multisetorial, anteviu futuro com necessária construção de um centro de eventos para encontros empresariais e culturais. O Pórtico edificado nas margens da BR 101 satisfez por pouco tempo, sendo logo transformada em um outlet. Após algumas improvisações foi entregue o Pavilhão José Ijair Conti, um bom pavilhão de exposições, ainda não um centro de eventos. O crescimento vertiginoso da cidade e da região, está sugerindo, quase que impondo, obrigatória edificação para atender as necessidades pro Sesquicentenário e anos sequentes.

Nos quase 50 anos após o Centenário é visível e seguro afirmar que Criciúma evoluiu substancialmente nos serviços e atendimentos médicos clínicos e hospitalares. É boa referencia Estadual. Assim também compreendido na oferta e qualidade do ensino regular e técnico em todas as instancias educacionais.

O destacado e sempre em evolução do trânsito econômico industrial e comercial fica ainda mais visível e comprovado quando são somadas as centenas de ofertas gastronômicas e os milhares de leitos para hospedagem.  

GRANDEZA PRÉ E PÓS SESQUICENTENÁRIO

Na véspera de comemorar o Sesquicentenário de Fundação de Criciúma 1880 – 2030, e refletindo o crescimento e desenvolvimento nos anos contemporâneos e nos que se seguirão, sugerem catalogar prospecções para desenvolvimento sustentável até o Bicentenário em 2080.

A mobilidade urbana é fator sempre presente na inquietude das cidades prósperas. Criciúma está agindo no sentido de implantar e ampliar os acessos, as vias e rodovias urbanas e rurais. Hoje rurais, amanhã urbanas. A plenitude do direcionamento do crescimento não é possível planejar, mas, é possível orientar e incentivar.

Realocar o Estádio Heriberto Hulse e transformá-lo em verdadeiro equipamento multiuso, adicionar no mesmo perímetro o novo Centro de Eventos, o Corpo de Bombeiros regional e a Rodoviária Interestadual, é o mesmo que planejar e incrementar um novo espaço de desenvolvimento regional.

Novos conceitos construtivos, educacionais, empresariais e de gestão são existentes, como por exemplo no projeto a “Cidade do Conhecimento” em elaboração e implantação na SATC. Projeto do presente para um futuro de prosperidade.

Se a comunidade se inspirar e responder três questões:Cesc

O quê? Quando? e Como?  chegaremos no Sesquicentenário e Bicentenário ainda mais fortes, edificados sobre bases sólidas e unificadas.

Lembremos que no Sesquicentenário seremos 250 mil residentes. No Bicentenário em 2080 com população estimada para mais de 500 mil residentes, estará presente a mesma pauta hoje avaliada: trânsito, segurança, abastecimento de água potável e energia elétrica, educação, moradia, alimentação, educação, oportunidades para o trabalho.

Ainda não comemoramos o Sesquicentenário, entretanto, os que estarão comandando os festejos do Bicentenário, parte significativa, já estão entre nós. 



Você pode enviar sugestões e comentários para o e-mail nossacasa@engeplus.com.br

Conheça também

Últimas publicações de Willi Backes