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Atropelamentos de animais silvestres voltam a ser recorrentes nas áreas urbanas em Criciúma

Cerca de quatro quatis foram atropelados nos últimos três meses nas rodovias da região
Atropelamentos de animais silvestres voltam a ser recorrentes nas áreas urbanas em Criciúma
Foto: Divulgação
Por Patrick Stüpp Em 04/08/2023 às 16:08

Os atropelamentos de animais da fauna silvestre criciumense voltaram a ser recorrentes nas áreas urbanas da cidade. As espécies nativas mais afetadas são os mamíferos como quatis, tamanduás, gambás e os cachorros do mato. De acordo com o biólogo do projeto Faunativa, Vitor Bastos, cerca de quatro quatis já foram atropelados nos últimos três meses, em Criciúma.

O projeto ‘Faunativa’ é responsável por monitorar a presença de animais silvestres nas áreas florestais da região. Conforme Bastos, os locais monitorados e que mais registram atropelamentos são as rodovias do Anel Viário, Júlio Gaidzinski, Jorge Lacerda e, principalmente, na rua Hercílio Luz, já que diversos quatis frequentam aquela região.

“Essas espécies de mamíferos são afetadas com frequência devido andarem devagar e em grupos grandes. E os números que estamos registrando de atropelados, são bem assustadores. Então, queremos começar a implantar placas de conscientização dentro dos próximos dias para alertar os motoristas”, destacou.

Extinção de espécies nativas raras

De acordo com o biólogo, o principal problema dos registros de atropelamentos é a extinção das espécies nativas na cidade. Quando um membro de uma espécie morre, perde-se uma nova geração de indivíduos, porque os animais não se reproduzirão causando a extinção dessas espécies na cidade.

“O quati é uma espécie muito ameaçada e rara em Criciúma. A perda deles com os atropelamentos causam grandes impactos na fauna silvestre em geral. A conscientização é necessária porque as pessoas, conhecendo mais sobre a fauna, fazem elas tomarem mais cuidados no trânsito”, enfatizou Bastos.

O projeto de Educação Ambiental realizado pelo biólogo vem alertando, cada vez mais, os motoristas que transitam pelas regiões que os animais silvestres cruzam. Além proporcionar ações voltadas a conscientização das espécies e para implantação de placas de sinalização nas regiões que esses animais habitam.