Manifestação agendada para pôr medidas compensatórias na pauta do governador Carlos Moisés

Novo governo, velhos problemas. O Carlos Moisés terá a partir do dia 1º de janeiro, data em que assume oficialmente o Governo de Santa Catarina, a missão de trazer para o Sul o cumprimento das medidas compensatórias pela construção do Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) Sul. A instituição mexe com a rotina dos moradores das comunidades de Espigão da Pedra e dos bairros Morro Albino, Vila Maria e São Domingos, que prometem uma nova manifestação no dia 14 de dezembro para cobrar a pavimentação de aproximadamente oito quilômetros de estradas. 

A obra tem um custo orçado em R$ 10 milhões e é uma contrapartida elencada pelas lideranças comunitárias para avalizar o recebimento do Case. No em torno destas comunidades, já funciona a Penitenciária Sul, que completou dez anos em 2018, e recentemente foi implantada a Penitenciária Feminina, inaugurada neste ano.  

Para a presidente da Associação dos Moradores da localidade do Espigão da Pedra, Rosane Castelan, a nova manifestação servirá para chamar atenção do novo governador e de deputados da região. A expectativa é que a verba para as medidas compensatórias entre na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2019. O prazo final para que isto aconteça é no dia 21 de dezembro.  “A manifestação é uma semana antes de ser aprovada a LDO. Queremos chamar a atenção dos deputados para ver se incrementam alguma emenda na lei de orçamento anual do Estado. Aguardamos que o atual e o futuro Governo acenem dizendo que tem conhecimento da reivindicação. Não queremos que o Governo novo diga que não sabia de nada”, argumenta a presidente. 

No dia 7, uma reunião acontece no salão de festa da Igreja São Valentim, às 19h30, e definirá como será a manifestação. A tendência é que a comunidade se divida em duas frentes, uma da BR-101 em direção ao Case e a outra do Espigão da Pedra também em direção à instituição, ambas com saída às 7 horas. A expectativa é chegar no Case às 8 horas, onde faixas serão fixadas em frente ao órgão.  

A parada de ônibus, que também fica em frente ao Case, será enfeitada com flores pelos moradores. “O Governo do Estado sugeriu dar (parada de ônibus) e deu, mas não foi uma reivindicação nossa. Na audiência pública eles disseram que seria necessário a parada e mais linhas, o que serve para eles e não para nós. Agradecemos, mas queremos o asfalto”, reclama Rosane. 

Uma possível alteração no fluxo da BR-101 chegou a ser levantada como possibilidade, no entanto está descartada. “Não vamos além porque o pessoal fica com receio. Mas vamos definir tudo na sexta-feira, com o pessoal”, pontua. 

Com pouco mais de 50 funcionários, o Case Sul já recebeu o alvará da prefeitura, mas segue aguardando por adolescentes e pela manifestação do Departamento de Administração Socioeducativo (Dease) e da Secretaria de Justiça e Cidadania (SJC).

A obra 

Um total de R$ 3,7 milhões é a estimativa para efetivar a obra da primeira etapa de pavimentação, que compreende 3,2 quilômetros da rua Pedro Liberato Pavei. A comunidade também pede a pavimentação de um trecho da rodovia Narciso Dominguini, da rua Martinho Teixeira e um trecho da Geral Espigão da Pedra. No total, aproximadamente oito quilômetros de estradas para um custo orçado em R$ 10 milhões. Do Tribunal de Justiça (TJ/SC) já está garantido R$ 1 milhão para a primeira etapa.  

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