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Crônica do Didé: festival da base; uma peneira diferente

Crônica do Didé: festival da base; uma peneira diferente
Foto: Didé Fontana
Por Didé Fontana Em 21/03/2022 às 11:33

Dezenas e até centenas de crianças e adolescentes reunidos; membros da comissão técnica com suas pranchetas na mão; tensão e cada um por si ditando o ambiente. Tais ingredientes já caracterizam uma tradicional peneira de futebol, concorridas a níveis de um vestibular de medicina, por exemplo, com a tensão no ar e cada um por si.

O que é tradicional deu lugar a algo diferente desta vez, cumprindo a lei de ter futebol domingo de manhã. Dezenas de escolinhas de futebol e futsal estiveram presentes no CT Antenor Angeloni para um festival da categoria sub-13 (em breve, o mesmo evento para sub-11).

União e ansiedade

Normal saber da ansiedade que gira em torno dos garotos, porém, diferente de um ambiente tradicional de peneira, não existiu aquele egoísmo e individualidade de uma peneira tradicional.

Passando pelos portões, o encanto era visível em cada rosto das centenas de crianças que entravam no CT pela primeira vez. Junto ao encanto, a tagarelice e cada um aliviando a ansiedade no lugar da euforia e vontade de jogar bola em campos profissionais, porém, reduzidos.

É hora de jogar bola

Passadas primeiras impressões ao chegar no CT, descendo as escadas rumo aos campos de futebol, ali se juntaram as escolas. Os garotos, todos uniformizados, vieram acompanhado de seus treinadores e ali estavam, ansiosos e falantes, prontos para jogar bola.

Chegaram cedo e depois de tanto esperarem acompanharam o discurso de boas-vindas que a comissão técnica e direção passaram aos garotos.

Quatro partidas rolaram em simultâneo, nos campos reduzidos, e assim ia, saiam duas equipes, entravam outras duas, durante a manhã toda.

Diferente de uma tradicional peneira, que proporciona somente 15, 20 minutos aos garotos para mostrar o que sabem, o festival proporcionou várias partidas e tempo é o que tiveram de sobra.

Treinadores eufóricos, garotos raçudos

Sim, os treinadores estavam empolgados também. Ouviam-se gritos a todo instante, “fulano, vai pra frente”, “procura o fulano”, “cruza a bola”, “calma que ainda tem muito jogo” por parte dos professores ali presentes à beira do campo.

O trabalho de um treinador de uma escolinha é, naturalmente, educar os atletas na parte esportiva e, na manhã deste domingo, foi além, pois estavam ali querendo ganhar jogos!

Os atletas, por sua vez, jogaram a vida dentro de campo e carrinhos aqui e ali.

Foi na garra e suor que, jogo após jogo, via-se, no lugar das tradicionais individualidades nas peneiras, um jogo coletivo e bem-organizado, com equipes entrosadas e de certa forma, sabendo que fazer em campo em alguns setores como a defesa.

Uma grata surpresa: o Tigrão vem aí

No meio da manhã, já cansados, mas com muito gás de sobra, os garotos receberam uma visita inesperada, que os distraiu por bastante tempo: a visita do Tigrão.

Ele ia chegando e todos caiam (não literalmente) em cima dele para cumprimentar e tirar fotos, nem os treinadores resistiram. Era Tigrão pegando garoto no colo, botando na cacunda, virando de cabeça para baixo e todas as brincadeiras que bem sabe fazer para alegrar a todos presentes.

Até os garotos que estavam na reserva, sentados no chão esperando sua vez de entrar, recebiam aquele apoio moral do Tigrão sentando-se ao lado, com aquela resenha toda.


Foto: Matheus Zanzi Martinello

Agora é hora de esperar

Terminado o festival, vem os dias de espera, por um resultado, mas uma coisa é certa: no mínimo, 20 garotos serão selecionados, por o time sub-13 está zerado, e é preciso recompor as peças.

Fim de uma manhã de muito futebol e brincadeiras com o Tigrão, veio aquela foto oficial na arquibancada do CT, pois a integração entre as escolinhas também é um objetivo do clube, junto à captação de novos atletas, unindo o útil ao agradável.

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