Crônica do Didé: cansado, o melhor em campo perdeu, mas convenceu
Foto: Celso da Luz/CEC
Era para ser uma noite de festa, tendo em vista que 43 corajosos percorreram 30 horas de ônibus e até restrições das autoridades policiais os viajantes receberam. Restrições essas que contaram com regras de sair mais cedo ou não, do estádio, a depender do resultado.
Ferozes assaltados
Dizem que é para nunca reagirmos ao assalto, mas essa regra vale para humanos e não para Tigres, que, bravamente, lutaram pelo gol a todo instante, enquanto a força das pernas os permitia correrem.
Eis que, de forma polêmica, os donos do território ganhavam faltas aqui e ali, muitas sem motivos ou controversas. Uma delas, o grande goleiro Tadeu, reverenciado pelas bandas de lá, pensou estar lutando boxe, e, ao defender uma bola aérea, acabou socando a cada do zagueiro Rodrigo.
Doeu, Rodrigo caiu, discussões, atendimento médico, continuou doendo, e um mero detalhe: dentro da área e no lugar do pênalti, apenas tiro de meta, e o Rodrigo? Jogou com uma touca na cabeça.
A fúria incansável
Os Tigres brigadores corriam a todo tempo. Claudinho, bem sincronizado com Rafael Bilu, tentavam de tudo, sempre se mostrando brabos, pois o gol tinha que ser dos Tigres.
A bravura teve seu ponto fraco: o gás foi acabando, faltavam-se Semente dos Deuses (do universo de Dragon Ball) para lhes restaurar as energias e as pernas continuarem incomodando o Esmeraldino.
Acabaram as pernas
O fim foi sentido com o gol de cabeça, marcado pelo adversário Nicolas, que saltou de trampolim acima dos marcadores Carvoeiros.
Com o passar do tempo, os desgastes vieram, jogadores caíam, não de faltas, mas sim de câimbras, como é o caso do Claudinho e Rafael Bilu. Com as câimbras, o desgaste foi sentido e nem as alterações deram conta, impossibilitando até aquele perigo de buscar o resultado. Ameaças não foram sentidas pelo Goiás, afinal, de um Tigre feroz, via-se um Tigre manso dentro de campo.
Tigre domado, eliminação dolorosa
Garfado, cansado e derrotado, assim foi a reação do Tigre em campo nos minutos finais do embate. O sinal da esperança não era mais visível, pois motivos para crer, o time não trazia.
Para quem começou rugindo no começo, um cenário completamente diferente no final, derrotado por forças externas e o desgaste, o melhor em campo não venceu.
Novos ares
Uma derrota sentida, mas que trouxe novos ares, de que o time responde e o ano será daqueles. A Série B do Campeonato Brasileiro vai começar em menos de um mês e a expectativa, mais do que nunca, é alta, de uma grande competição, grandes batalhas, e que, com pés no chão, cumprindo o mínimo, que é a permanência, a torcida estará satisfeita, pois uma grande Série B vem ai!!!
@Didefontana é jornalista e colabora para o Tabelando e Engeplus