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Polícia Civil conclui inquérito sobre venda em multiplicidade de imóveis em loteamento de Araranguá

Compradores tiveram um prejuízo estimado de R$ 19 milhões
Polícia Civil conclui inquérito sobre venda em multiplicidade de imóveis em loteamento de Araranguá
Foto: Divulgação/Polícia Civil
Por Redação Engeplus Em 10/03/2023 às 16:11

Nesta sexta-feira, dia 10, a Polícia Civil de Santa Catarina, por meio da 1ª Delegacia de Polícia da Comarca de Araranguá, concluiu as investigações referentes às vendas em multiplicidade de lotes no município de Araranguá. Segundo apurado, um casal de empresários, sócios-proprietários de uma incorporadora do município, auxiliados por familiares, entre os anos de 2016 a 2022, teria firmado contratos de parceria com proprietários de terrenos de Araranguá, visando à implementação de oito loteamentos.

Em junho de 2022, com a descoberta da fraude, a Polícia Civil passou a investigar o caso e, até o momento, descobriu-se que os empresários causaram um prejuízo estimado em quase 19 milhões de reais aos compradores, mediante a venda de 347 terrenos em duplicidade a 150 compradores.

Ao final da investigação, foram identificados como diretamente envolvidos , três empresários da incorporadora e vinte corretores de imóveis, os quais também serão comunicados ao Conselho Regional do órgão.

Os indiciados do inquérito foram apontados nos crimes de parcelamento irregular do solo urbano, estelionato, exercício ilegal da profissão e contravenções contra as incorporações imobiliárias. 

Entenda o caso

Segundo o delegado Bruno Sinibaldi da 1ª Delegacia de Polícia de Araranguá, responsável pelo caso, os indícios trazidos apontaram que, sem o devido registro no cartório de imóveis competente, bem como sem a finalização do projeto perante à municipalidade, passaram a vender, mediante a amostra de mapas, diversas frações desses terrenos e de forma duplicada a vários moradores do município de Araranguá e região. 

Na maioria das vezes, as vendas contaram com o intermédio de terceiros, corretores de imóveis e não corretores, que, segundo constatado na investigação, também tinham conhecimento da irregularidade do empreendimento.