Vídeo: ‘Foram os 29 dias mais difíceis da minha vida’, diz Fernando de Fáveri após deixar a prisão
Servidor que estava detido também teve soltura autorizada pelo TJSC
Foto: Reprodução/Redes Sociais
Depois de deixar a prisão na noite dessa quinta-feira, dia 18, o prefeito de Cocal do Sul, Fernando de Fáveri, foi recebido com festa no seu retorno para casa. Ele ficou 29 dias preso preventivamente em decorrência de desdobramentos das investigações da Operação Fundraising, que apura atuação de um grupo para direcionar processos licitatórios em diversos municípios de Santa Catarina.
Em sua chegada em Cocal do Sul, familiares, amigos e apoiadores de Faveri trancaram a SC-108 com faixas e gritos de apoio ao prefeito. Em uma breve fala, ele relatou sobre os dias em que ficou detido em uma cela no Presídio Santa Augusta, em Criciúma.
“Foram os 29 dias mais difíceis da minha vida. Nos meus três primeiros dias lá dentro, meu único pensamento era em me matar. Era só nisso que eu pensava, porque eu jurei para a minha mãe que ela nunca ia passar vergonha comigo. Nós éramos em 12 na cela. Independentemente, do que eles fizeram, em nenhum momento eles me deixaram sozinho. Era uma cela de muita oração o tempo todo”, detalhou o prefeito.
Faveri não se manifestou sobre o seu futuro político. Por determinação da Justiça, ele seguirá afastado do seu cargo e não poderá acessar as dependências da prefeitura e nem ter contato com outros investigados e testemunhas. Mas, em seu discurso, o prefeito transpareceu o desejo de seguir o mandato.
“Não é fácil você ser preso de uma forma arbitrária e injusta, sem direito a defesa, como se eu fosse o maior bandido do mundo. Mas quando a Vivi [esposa] ia me visitar e dizia que a mãe, meus filhos e meus amigos de verdade estavam esperando, era o que me dava força. Eu sou um homem que me dedico a esta cidade, com amor e carinho. E nós temos muito a fazer por esta cidade ainda”, disse.
Além de Faveri, o servidor do setor de Compras da Prefeitura de Cocal do Sul que estava preso, também foi solto por conta de um alvará de soltura expedido pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina.
Relembre o caso
Fáveri estava preso desde o dia 19 de junho. A investigação apura a atuação de um grupo para direcionar processos licitatórios em diversos municípios de Santa Catarina. Sob o pretexto de prestar serviços de consultoria e de assessoramento para captação de recursos públicos, buscava firmar contratos públicos sem que houvesse necessariamente a comprovação de qualquer atividade, mas que serviria de subterfúgio para que servidores públicos, assim como agentes políticos e particulares, auferissem ganhos ilícitos por meio do recebimento de vantagens indevidas.
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