Ricardo Fabris não pretende alterar secretariado, mas alerta que exigirá respeito à hierarquia

Empossado como prefeito interino de Criciúma, Ricardo Fabris (MDB) não pretende realizar mudanças no secretariado. Em entrevista ao programa João Paulo Messer, da Rádio Eldorado, ele comentou sobre as estratégias que adotará enquanto estiver no comando do Paço Municipal, a primeira delas zelar pelo respeito à hierarquia. 

“Eu não tenho intenção nesse momento de fazer qualquer alteração nos quadros do secretariado, absolutamente nenhuma intenção nesse momento. Sobre a hierarquia, eu não preciso botar uma equipe minha pra ter o respeito. Eu vou dizer o que eu acho nos encaminhamentos, nós vamos fazer a leitura e se alguma peça achar que não, a gente pede licença para essa peça até o prefeito Salvaro voltar”, explicou Fabris.

A posse de Ricardo Fabris aconteceu na tarde desta terça-feira, dia 3. Ele assume o lugar interinamente, uma vez que o prefeito Clésio Salvaro (PSD) foi preso durante a manhã de ontem, após ser alvo da Operação Caronte, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) e pelo Grupo Especial Anticorrupção (Geac). Outras nove pessoas foram detidas.

Fabris explica que a intenção neste primeiro momento é dar prosseguimento nas obras e projetos que a Administração Municipal vinha realizando. Hoje, estava prevista ainda pela manhã uma reunião de ajustes com os secretários. “Eu não abro mão de jeito nenhum (da hierarquia), até porque a responsabilidade agora do que acontece em Criciúma é minha, quem vai assinar os documentos sou eu, quem vai responder por alguma atitude e algum gesto errado de algum servidor sou eu, então eu vou exigir o respeito à hierarquia”, argumentou. 

Central Funerária

Fabris pretende visitar a Central Funerária, pivô do processo envolvendo Salvaro e outros membros da administração pública. Ele explica que pretende trocar informações com a secretária de Assistência Social e Habitação de Criciúma, Dalva Pires Donadel, para entender o cenário e então definir se há necessidade de internação. 

“Quero confessar a todos que eu tenho total desconhecimento sobre a questão da Central Funerária. Não participei de nenhuma reunião, não participei do processo licitatório, não participei dos contratos, não participei absolutamente de nada da Central Funerária. O que eu vou fazer é conversar com a secretária de assistência social e pedir pra ela me colocar a par de toda a situação de como é que está funcionando”, explicou.

Confira abaixo a entrevista completa de Ricardo Fabris na Rádio Eldorado: