Depois de Criciúma, proibição do uso da linguagem neutra vira projeto na Câmara Federal
Deputada Geovania de Sá protocolou matéria de mesmo teor em Brasília
Foto: Divulgação
Depois da aprovação do projeto que proíbe o uso da linguagem neutra em Criciúma, o tema agora também ganha espaço na Câmara dos Deputados, em Brasília. A deputada criciumense Geovania de Sá (PSDB) protocolou na Câmara Federal, na tarde desta terça-feira, dia 3, o Projeto de Lei 2650/21. O texto tem o mesmo teor da matéria aprovada em Criciúma, tendo como objetivo impedir o uso da linguagem neutra nas escolas públicas e privadas, mas agora em todo o Brasil.
“Os adeptos de tal linguagem querem destruir palavras simples e consagradas para promover um contrassenso linguístico histórico. Pretendem substituir ‘ela’ e ‘ele’ por ‘elu’; ‘todas’ e ‘todos’ por ‘todes’, entre outras mudanças”, exemplificou a deputada.
Para Geovania, o uso da linguagem neutra “causa estranheza e desconforto”. “É completamente irracional e insensato. Estamos falando de termos que atacam a língua portuguesa, afrontam nossos valores tradicionais e, o que é ainda mais grave, impactam negativamente em nossas crianças e jovens”, destacou a deputada
Segundo ela, os debates da Educação deveriam ter outros focos. “Os brasileiros querem viver em um país que, em vez de se ocupar do ensino de uma linguagem errada, informal e embaralhada, preocupe-se em superar o analfabetismo, em solucionar a evasão escolar e em construir cidadãos preparados para o desafiador mundo do trabalho na era digital. Estas, sim, são questões centrais para a educação brasileira”, completou.
Projeto aprovado em Criciúma
Na sessão dessa segunda-feira, dia 2, os vereadores de Criciúma aprovaram um projeto semelhante. A matéria proíbe o uso da linguagem neutra na grade curricular, no material didático de instituições de ensino e em editais de concursos públicos no município. O texto, de autoria do vereador Obadias Benones (Avante), ainda aguarda a sanção do prefeito Clésio Salvaro (PSDB).
No Legislativo criciumense, 16 vereadores votaram o projeto. Foram 14 manifestações favoráveis, um voto contrário e uma abstenção.
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