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Defesa de Clésio Salvaro não acredita em nova prisão e terá cinco dias para apresentar defesa

O MPSC acusa prefeito Clésio Salvaro de infringir medidas cautelares
Defesa de Clésio Salvaro não acredita em nova prisão e terá cinco dias para apresentar defesa
Foto: Rafaela Custódio/Arquivo/Portal Engeplus
Por Rafaela Custódio Em 01/10/2024 às 09:43

A defesa do prefeito afastado de Criciúma, Clésio Salvaro (PSD), não acredita em uma nova prisão do político, após o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) solicitar o restabelecimento da prisão preventiva do prefeito por alegar que ele infringiu uma das medidas cautelares que lhe foram impostas para que sua soltura fosse permitida. 

Um dos advogados de Salvaro, César Abreu, afirmou que a proibição imposta pela desembargadora Cinthia Schaefer, é que Salvaro é proibido de ter acesso ou contato com testemunhas e outros denunciados, porém ele não procurou ninguém. “Ele foi recebido pela população, se os outros dois que não podiam estar e estavam próximos, não foi o Salvaro que foi buscar o contato. A disposição legal é a proibição que ele busque o contato, ou seja, para influenciar, intimidar, esse é o encaminhamento, ele não praticou nenhum ato e ele estava em um movimento de recepção que ele podia estar e não tinha nenhuma vedação. As outras pessoas que não deveriam se aproximar dele”, observou em entrevista ao Portal Engeplus. 

O advogado garantiu que a defesa foi pega de surpresa com o pedido do MPSC. “O Salvaro não teve contato com ninguém, se alguém se aproximou, botou a mão nas costas ou que alguém estava próximo, isso não quer dizer que o Salvaro tomou a iniciativa”, destacou. 

Para Abreu, o MPSC não trouxe nenhum fato concreto indicando que Salvaro tivesse tomado alguma iniciativa de encontrar os denunciados e investigados. “Não tenho dúvidas [que ele continuará solto], não tem efeito nenhum. Ele respeita em absoluto a determinação judicial”, comentou. 

A desembargadora relatora do processo da Operação Caronte, Cinthia Schaefer, informou na manhã desta terça-feira, dia 1º de outubro, que a defesa terá um prazo de cinco dias para se manifestar. “Em respeito ao contraditório, intime-se a defesa, com prazo de cinco dias, para que se manifeste acerca das informações trazidas pela acusação”, descreveu no despacho.

Entenda o caso

O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) solicitou o restabelecimento da prisão preventiva do prefeito afastado de Criciúma, Clésio Salvaro (PSD). O pedido, publicado na tarde dessa segunda-feira, dia 30, alega que Salvaro infringiu uma das medidas cautelares que lhe foram impostas para que sua soltura fosse permitida. 

Ao determinar que o prefeito deixasse a prisão, a desembargadora relatora do processo da Operação Caronte, Cinthia Schaefer, afirmou que Salvaro usará tornozeleira eletrônica por 90 dias, não poderá ter contato com testemunhas e outros denunciados, não poderá fazer uso de rede social e conceder entrevistas, não poderá acessar a Prefeitura de Criciúma e qualquer outro órgão público municipal e ficará afastado do seu cargo público pelo prazo de 120 dias.

No pedido, O MPSC aponta que o prefeito se aproximou de Daniel Antunes e de Paulo Cesar de Souza Padilha, o Paulo da Farmácia, quando chegou em Criciúma e foi recebido por apoiadores. Antunes é vereador e está afastado do seu cargo por 180 dias depois de ser denunciado no mesmo processo. Já Paulo da Farmácia é suplente de vereador e foi uma das testemunhas ouvidas pelos investigadores.

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