Quer conhecer um pouco do Renault Duster 2020? Clica aí!

E aí pessoal, tudo bem? Promessa é dívida, não é mesmo? Então, conforme prometido, trago pra vocês as minhas impressões sobre mais um carro testado.

Continuamos falando sobre “SUVzinhos” e aqui já fica o alerta! O termo é uma referência carinhosa ao que no Brasil se classifica tecnicamente como SUV compacto e não tem nada de depreciativo - é apenas um SUV menorzinho, beleza? 

Desta vez embarcamos no Renault Duster 2020 e pra começar, vou contar pra vocês um pouco sobre o histórico do modelo.

O modelo já conta com uma década de mercado, tendo sido lançado na Europa em 2010 e desembarcado no Brasil em 2011. É um modelo global da montadora francesa e é comercializado em mais de 100 países, tendo superado a marca de 3,2 milhões de unidades vendidas no mundo, e quase 300 mil no mercado nacional.

O “modus operandi” dos testes durante a pandemia segue inalterado: agendamento prévio, máscara no rosto, muito álcool (em gel - álcool e direção não combinam), distanciamento, veículo devidamente higienizado pela concessionária e o teste sozinho no carro.

Enquanto aguardo a finalização da higienização do carro aproveito pra matar a curiosidade procurando um modelo idêntico ao que será testado, ali mesmo no showroom da loja e então começo desta vez pelas impressões sobre a parte interna.

ACABAMENTO INTERNO

Aqui está, na minha opinião, a principal grande evolução do modelo novo. O interior da cabine mudou bastante e acredito que equipe de design acertou em cheio. O novo painel é bonito,  limpo, sóbrio, funcional e sem firulas. Os novos bancos também se destacam - são de tecido, com textura ao centro e bordas em tom mais claro, combinam bem com o espírito aventureiro do modelo. O volante é bonito e também funcional, além de possuir ajuste de altura e profundidade, contribuindo para que se encontre facilmente uma boa posição de dirigir. 

Por falar em posição de dirigir, aqui vale dizer também que os bancos além de bonitos são confortáveis e possuem boa sustentação lateral, colaborando para que a condução se torne mais prazerosa e menos cansativa.

O painel de instrumentos, seguindo o novo conceito de design, é sóbrio e mescla itens analógicos e digitais, sendo simples e eficiente. Ao centro tem-se a central multimídia com tela touchscreen de 8 polegadas, por onde os ocupantes podem acessar as funções de áudio bem como utilizar os aplicativos do smartphone (mapas, apps de música). O Easy Link, como é chamado pela Renault, conta com conexão via bluetooth, entrada USB e câmera de ré, e o sistema Multiview (câmeras frontal, traseira e laterais) para ajuda durante manobras. 

Os comandos centrais seguem o padrão de sobriedade e são formados por botões do tipo alavanca e nas principais funções do ar-condicionado, caprichados botões giratórios.

ACABAMENTO EXTERNO

O espírito aventureiro do carro fica logo evidenciado quando se nota a sua suspensão elevada e altura do solo. Não, não estou dizendo que você vai poder encarar trilhas como faria com um off-road, mas esse detalhe permite sim pequenas aventuras fora de estrada, sem que exista o incomodo/perigo de ter o assoalho encostando em qualquer obstáculo.

Quem tiver um olhar mais atento vai logo notar o formato das lanternas traseiras, que lembram bastante um concorrente direto. O fato é que ninguém detém a exclusividade do uso das formas geométricas não é mesmo?  O que conta é que essa nova lanterna em formato quadrado melhorou bastante a questão estética e certamente contribui para que o veículo seja mais “visualizável” em situações de baixa luminosidade.

Completam o conjunto óptico os faróis com assinatura de LED em forma de C e os repetidores de seta na lateral, em uma espécie de aplique plástico saliente. 

O modelo testado é calçado por pneus continental 215/60 montados em belas rodas de liga leve de 17 polegadas.

É bonitão, imponente!

TRECHO URBANO

A posição de dirigir elevada típica dos SUVs compactos parece um pouco mais evidente aqui, acredito que em razão da boa aérea envidraçada, que possibilitam uma ampla visão de tudo que acontece à volta.

Ao meu sentir é aqui no trecho urbano e muito em razão do afirmado acima, que o Duster mostra a sua melhor faceta. 

O casamento do motor 1.6 de cerca de 120 cv de potência e torque de 16,2 kgfm e câmbio CVT (com simulação de 6 velocidades) notadamente tem um acerto visando o conforto.  Vai bem no anda e para da cidade, sendo capaz de deslocar os quase 1.300kg do carro com desenvoltura. Posição elevada, visão ampla, rodar macio, silencioso e boas arrancadas. 

Soma-se a tudo isso o já citado sistema de câmeras para manobras, o sistema de detecção de ponto cego, o assistente de partida em rampas e um sistema de abertura e travamento das portas com chave presencial, e aí, o que temos ? A vocação urbana! 

TRECHO RODOVIÁRIO

Depois de eu ter falado que a vocação do carro é urbana, você deve estar achando que só veremos pontos negativos aqui.

Não é bem assim! O carro também vai servir bem ao proprietário que tiver que colocá-lo na estrada, longe de haver qualquer impedimento técnico para esse uso, mas é necessário se atentar ao que entendo que devo chamar de especificidades do modelo. 

Tento explicar: ao fazer uma ultrapassagem ou alguma outra situação como uma subida de serra, em que o motorista precisar de um maior desempenho, o ideal é dar uma ajudinha com uma redução manual, por exemplo. 

E isso não é defeito, é uma que se faz ao preparar o acerto do carro, seja visando conforto ou desempenho. O que se ganha de um lado se perde do outro: “não existe almoço grátis”. E para minimizar e contornar a situação a montadora disponibiliza a possibilidade das trocas manuais. Tudo ok!

Dito isso, posso afirmar que o carro se comporta bem em frenagens de emergência, mostrando que o conjunto é bem dimensionado e capaz de parar o carro com segurança. É fato que a carroceria balança um pouco, principalmente se for necessário realizar uma frenagem em curva ou uma mudança brusca de direção e isso se explica pela altura da suspensão. Pode dar um leve susto em algum motorista desavisado, mas de forma alguma chega a comprometer a segurança, já que é possível sentir que o balanço se dá no início do curso da suspensão e essa logo começa a ficar mais rígida.

Doutro lado, vale ressaltar o bom espaço interno, capaz de acomodar a família toda e bastante bagagem, nos 475 litros do porta malas.

Em matéria de segurança o carro conta com airbags, ABS, AFU (auxiliar de frenagem de urgência) bancos com isofix e controle de estabilidade

Gostei x Não gostei

Rodou bem em estradas não pavimentadas embora use pneus de uso urbano

Ter uma única opção de motorização

Ahhhhh, nesse sentido a grande expectativa é que para 2021 a Renault passe a disponibilizar alguma versão utilizando o motor 1.3 turbo de 163 cavalos produzido em parceria com a Mercedes Benz, e que já equipa o modelo Classe A da montadora alemã.

Nosso agradecimento à concessionária Renault Vip Car que cedeu o veículo para o test drive e também ao simpatiCÃO "Tire", que após uma boa dose de carinho deixou eu fotografar o carro!

Se liga aí pessoal que andei testando mais novidades! Vamos ter marcas francesas, japonesas e coreanas pintando por aqui. Alguém aí arrisca um palpite de quais carros eu testei? 

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