InternetData CenterAssinante

Centro Cultural Santos Guglielmi será administrado por empresa de Tubarão; operação inicia em abril

Proposta foi de R$ 1.950.00,00 para um contrato de 20 anos
Centro Cultural Santos Guglielmi será administrado por empresa de Tubarão; operação inicia em abril
Foto: Thiago Hockmüller/Portal Engeplus
Por Rafaela Custódio Em 07/03/2023 às 10:33

A empresa Lemos Eventos de Tubarão foi a vencedora da concessão do Centro Cultural Santos Guglielmi de Criciúma. O espaço fica localizado no Parque Municipal Altair Guidi e abriga o Teatro Elias Angeloni, a Galeria de Arte Octávia Búrigo Gaidzinski e a Biblioteca Pública Municipal Donatila Borba. O edital foi lançado pela Prefeitura por meio do Programa de Parceria e Investimentos (PPI). 

O processo prevê a concessão onerosa pelo prazo de 20 anos, podendo ser renovado por igual período. O prédio tem 3.729,24 metros quadrados e o valor mínimo da outorga estabelecido foi de R$ 1.920.000,00. A empresa vencedora foi a única que apresentou proposta, sendo ofertado R$ 1.950.000,00, sendo que 5% do valor será pago ao Governo Municipal na assinatura do contrato e o restante em 228 meses. 

“A Lemos Eventos é de Tubarão e é detentora do Hangar Eventos, uma casa de shows conhecida na região Sul de Santa Catarina. Tem participação na Minha Entrada e também na X9 Promoções, ou seja, uma grande empresa. Existiram outras seis empresas interessadas, mas só a Lemos entregou proposta”, explicou o chefe do Departamento do Programa de Parcerias e Investimentos (PPI) da Prefeitura de Criciúma, Rafael Cândido

O contrato da concessão prevê reformas que giram em torno de R$ 3 milhões. “Existem cronogramas que precisam ser realizados em cinco anos. São necessárias reformas no telhado, no palco do teatro, no sistema de prevenção ao incêndio, estofamento. Todo o prédio será reformado”, comenta. “O contrato ainda não foi assinado em virtude de trâmites, mas a operação deve iniciar em abril. As datas já reservadas no teatro, por exemplo, serão cumpridas”, emenda Cândido. 

Conforme o chefe do PPI,  atualmente a operação do Centro tem um prejuízo de R$ 500 a R$ 550 mil por ano ao governo municipal. “Manter toda a estrutura, fazer o cuidado do espaço com servidores, seguro do prédio gera prejuízo ao governo. Isso significa que poderemos focar em outras áreas do município. É importante ressaltar que a cidade ganha mais com cultura e estará no calendário nacional da cultura”, afirma. 

“A concessão não é uma privatização. É quase um aluguel, que um terceiro tem a administração do bem com o intuito de lucro, mas paga o município pelo espaço. O ambiente fará a economia da cidade girar em virtude da rede hoteleira e também de restaurantes, por exemplo. Pois a nova administradora trará espetáculos, shows e tudo isso movimenta Criciúma”, observa Cândido. 

O acervo da biblioteca está sendo recolhido pela Fundação Cultural. A Galeria de Arte Octávia Búrigo Gaidzinski não possuía obras, pois o espaço era para exposições. “O ambiente utilizado para a biblioteca pode virar um restaurante, por exemplo. A empresa deve inovar e explorar os espaços do Centro”, destaca. 

O município de Criciúma terá direito à utilização do espaço do Teatro Elias Angeloni e Hall de Entrada, para eventos promovidos ou apoiados pelo Município de Criciúma, por até dez dias por ano. O espaço da galeria de arte deverá valorizar o artista local, garantindo espaço de até 20% para produções locais, validadas pela Fundação Cultural de Criciúma (FCC).