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Manifestantes do Sul de Santa Catarina fazem carreatas em direção ao 28º GAC

Ao fim da rota, eles se juntaram ao grupo presente na frente do quartel
Manifestantes do Sul de Santa Catarina fazem carreatas em direção ao 28º GAC
Foto: Redação Engeplus
Por Redação Engeplus Em 13/11/2022 às 14:01

Manifestantes contrários ao resultado das eleições de 2022 realizaram carreatas na manhã deste domingo, dia 13, no Sul de Santa Catarina. Comboios se formaram em Içara, Criciúma, Turvo e Forquilhinha e seguiram em direção ao 28º Grupo de Artilharia de Campanha (28º GAC), onde se juntaram ao grupo que já se encontrava em frente a sede do Exército Brasileiro em Criciúma.

A maior movimentação partiu de Içara. Os manifestantes se aglomeraram em frente ao Paço Municipal e depois, em motos, carros, caminhões e tratores saíram em fila pela ICR-152, acessando a rodovia Antônio Darós até chegar ao quartel. O objetivo foi fortalecer a ação em frente ao 28º GAC.



Os protestos em frente aos prédios militares começaram no Brasil no dia 1º de novembro e ganharam maior notoriedade depois do início das desmobilizações de bloqueios nas rodovias por todo o país. Os manifestantes contestam o resultado das urnas, que apontou vitória do candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O grupo pede por uma ação das Forças Armadas entoando cantos militares e o Hino Nacional Brasileiro, além de portar faixas e bandeiras das cores do Brasil, pedindo por "intervenção federal".

Relatórios das eleições

Na última semana o Ministério da Defesa entregou relatório sobre urnas eletrônicas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O documento não apontou fraude nas eleições e ao mesmo tempo pontuou que “não é possível afirmar que o sistema eletrônico de votação está isento da influência de um eventual código malicioso que possa alterar o seu funcionamento”. Os militares fazem parte da comissão de transparência criada pelo próprio TSE para fiscalizar as eleições, que foram encerradas no dia 30 de outubro.

Dias depois as Forças Armadas voltaram a se manifestar. Em uma carta, sem condenar as manifestações, os militares reforçaram direitos e deveres previstos na Constituição. "A Constituição Federal estabelece os deveres e os direitos a serem observados por todos os brasileiros e que devem ser assegurados pelas Instituições, especialmente no que tange à livre manifestação do pensamento; à liberdade de reunião, pacificamente; e à liberdade de locomoção no território nacional", diz trecho do texto. 

Em nota, o presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, confirmou que recebeu o relatório e afirmou que o trabalho das Forças Armadas não apontou existência de fraude na votação. Moraes agradeceu o trabalho dos militares e disse que as sugestões feitas para aperfeiçoamento do sistema serão analisadas.

O Tribunal de Contas da União (TCU) e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) foram outras entidades que fizeram parte da comissão criada pelo TSE e também desenvolveram seus relatórios. O TCU informou que não encontrou divergências nos boletins das urnas eletrônicas, durante a auditoria no segundo turno das eleições. Já a OAB reforçou a confiança da entidade no sistema eletrônico de votação.

Os manifestantes prometem um novo ato na próxima terça-feira, dia 15 de novembro, quando ocorre o feriado do Dia da Proclamação da República.