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Filhote de baleia-franca encalha no litoral sul de SC

Animal apareceu morto no costão da praia de Itapirubá, em Imbituba
Filhote de baleia-franca encalha no litoral sul de SC
Foto: Divulgação/Instituto Australis
Por Redação Engeplus Em 31/08/2022 às 18:11

A chegada dos mamíferos mais amados dos oceanos na costa brasileira, às vezes, traz más notícias. Um filhote recém-nascido de baleia-franca, com cerca de quatro metros, apareceu morto no costão da praia de Itapirubá Norte, em Imbituba (SC). Segundo Karina Groch, diretora do Instituto Australis, que monitora há anos estas gigantes gentis, o triste fato não é novidade. ”São registrados em torno de dois encalhes de baleias-francas por ano na região. Como neste caso o local é de difícil acesso, a remoção envolverá uma logística complicada, pela água”, explica.

O ocorrido foi na tarde da última terça-feira, dia 30. Trata-se do primeiro encalhe de baleia-franca nesta temporada, que registra mais de 100 delas no litoral sul do país até agora. Para a remoção estão envolvidos na ação o Instituto Australis e a APA da Baleia Franca, integrantes do Protocolo de Encalhes da Área de Proteção Ambiental (APA) da Baleia Franca, e pescadores locais e a prefeitura de Imbituba. APA da Baleia Franca, integrantes do Protocolo de Encalhes da Área de Proteção Ambiental (APA) da Baleia Franca, e pescadores locais e a Prefeitura de Imbituba.

Após a remoção do animal até a praia, será efetuado o procedimento de necrópsia, para identificar o motivo do encalhe, a cargo da UDESC/Laguna (Instituição Executora do PMP-BS).

Sobre os encalhes – A coordenação do protocolo é formada pela APA da Baleia Franca/ICMBio, Instituto Australis, Associação R3 Animal, UDESC, Museu de Zoologia Professora Morgana Cirimbelli Gaidzinski, da UNESC, Corpo de Bombeiros, Capitania dos Portos e a Polícia Militar Ambiental. Um trabalho em parceria para este tipo de atendimento.

Baleias-francas – Elas migram anualmente entre áreas de alimentação e reprodução. Entre julho e novembro, a espécie vem ao litoral sul do país para acasalar e procriar. O pico de ocorrência é em setembro. Porém, a presença, apesar de rara, ocorre em outras regiões da costa brasileira. Espécie ainda ameaçada de extinção, seu crescimento populacional se deve às iniciativas de conscientização e proteção, com várias entidades e poder público envolvidos.

Em casos semelhantes, sob avistamento, o protocolo orienta, conforme abaixo:

Entre em contato com as instituições responsáveis

Em caso de emalhes

- Não tente remover a rede

- Registre o local da ocorrência

- Obtenha fotografias do animal, possibilitando a identificação da espécie e documentação do caso, para que possa ser avaliado.

 

Em caso de animais vivos encalhados na praia

- Não tente devolver o animal para a água, pois pode ser perigoso devido ao tamanho de seu peso.

- Ajude a isolar a área mantendo pessoas e animais domésticos afastados.

- Obtenha fotografias do animal, possibilitando a identificação da espécie e documentação do caso.

- Colabore com a sensibilização e a conscientização da comunidade.

 

Proteja a sua saúde

- Os animais encalhados podem transmitir doenças aos seres humanos.

- Evite respirar o ar expirado pelos animais.

- Não se aproxime da cauda. São animais grandes em situação de debilidade física, que podem se tornar ariscos com a aproximação de outros indivíduos e causar ferimentos.

 

Serviço:

APA da Baleia Franca: (48) 3255-6710

Núcleo de Fauna IBAMA/SC: (48) 3212-3368 ou 3212-3356

Instituto Australis (Imbituba): (48) 3255-0634/9116-4108

UFSC – Laboratório de Mamíferos Aquáticos: (48) 3721-9626     

UNESC (Criciúma): (48) 3431-2573           

UDESC - (48) 9696-6025

POLÍCIA MILITAR AMBIENTAL: Laguna:(48) 3644-1728/ Maciambú:(48) 3286-1021/ Florianópolis:(48) 3269-7111/ Maracajá:(48) 3523-1870

Projeto de Monitoramento de Praias (PMP): 0800 642-3301