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Servidores do Samu vão deflagrar greve a partir do dia 1° de setembro

Trabalhadores reivindicam reajuste salarial e cumprimento de direitos trabalhistas
Servidores do Samu vão deflagrar greve a partir do dia 1° de setembro
Foto: Cristiano Estrela/Secom/Ilustrativa
Por Thiago Hockmüller Em 26/08/2021 às 14:07

Com 88% de aprovação em plebiscito, profissionais de Criciúma e Araranguá ligados ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) vão deflagrar greve por tempo indeterminado a partir do dia 1° de setembro. O anúncio foi feito nesta quinta-feira, dia 26, pelo Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Saúde de Criciúma e Região (SindiSaúde).

Os trabalhadores reivindicam o cumprimento da convenção coletiva, além do pagamento de férias e Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) junto a empresa OZZ Saúde, administradora do serviço em Santa Catarina. A paralisação não será estadual e, por ser um serviço essencial, o Samu deve funcionar em sistema de revezamento e com cerca de 30% do efetivo na Central de Regulação. 

“Tem dia que vai ter a disposição a ambulância de suporte avançado de Araranguá e outra de Criciúma, para manter atendimentos mais críticos. Já a central de regulação vai ser mantido um número de pelo menos 30% para fazer atendimentos emergenciais e também das ocorrências. Caso haja uma proposta para resolução na região, vai ser aceita muito provavelmente. Aí abre a possibilidade de ocorrer (paralisação e negociação) em outras regiões”, explica ao Portal Engeplus o presidente do SindiSaúde, Cleber Ricardo da Silva Cândido.

Atos discutidos em assembleias

O piquete será montado em frente ao 9° Batalhão de Polícia Militar (9° BPM), onde está a central de regulação. Estima-se que cerca de 100 funcionários do Samu vão participar da greve. E os atos durante o movimento serão definidos em assembleias com os trabalhadores. “Buscam a reposição de reajuste salarial que não acontece desde 2018, o cumprimento de direitos como férias e FGTS, e também as condições de trabalho que são precárias com relação a equipamentos e segurança. Vamos fazer a organização de escala e etc”, argumenta.

Um dos motivadores da greve é a decisão da empresa OZZ Saúde de recorrer da decisão da 2ª Vara do Trabalho de Criciúma, que condenou a empresa ao pagamento, com juros e correção monetária, de verbas trabalhistas atrasadas, entre elas as diferenças salariais no período de novembro de 2018 e maio de 2019, com reflexos em horas extras, adicional noturno, férias, décimos terceiros e depósitos de de FGTS.

Esta ação é apenas a primeira das duas movidas pelo SindiSaúde contra a OZZ. A outra segue tramitando com reivindicações condizentes ao não pagamento de férias - desde quando a empresa assumiu em 2017. De acordo com o SindiSaúde, o FGTS não é depositado na conta dos trabalhadores desde o ano passado.

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