Moradores reclamam de obra abandonada na área central de Criciúma

Uma obra abandonada há mais de três anos está incomodando moradores e trabalhadores da rua Desembargador Pedro Silva, no bairro Comerciário, em Criciúma. Há dois meses, um incêndio foi registrado no local e, após o fato, algumas medidas foram tomadas, porém, o problema voltou dias depois.

O que mais chama atenção da população é a água parada, além do mau cheiro. “O verão está chegando e, com o calor, o cheiro fica horrível. Os mosquitos aparecem o ano todo, mas as temperaturas elevadas fazem com que o problema se torne pior”, declara Camila de Souza, que trabalha próximo a obra.

Camila ainda comenta que foi feita uma limpeza no local e água foi retirada, porém, tudo voltou após semanas. “Não sabemos informar quem fez a limpeza, mas não se pode apenas tirar só a água. A chuva faz com que água parada continue ali. É preciso tomar outras medidas e resolver esse problema”, afirma.

Já Valdemir Ferraz, que trabalha em frente a obra, entende que é preciso aterrar o terreno. “Só pode ter uma vertente nessa obra. Não é possível. Eles limparam e depois de dias a água estava tudo de novo. Isso é ruim para a população”, ressalta.

“Não temos culpa do abandono. Não temos culpa de quem não fez o trabalho correto. Pagamos IPTU e precisamos que isso seja resolvido. É difícil. Passamos mais tempo no trabalho do que em casa e o cheiro e a sujeira nos atrapalham diariamente”, critica Zoe de Souza.

Prefeitura já notificou os responsáveis

O chefe da Divisão de Fiscalização Urbana (DFU), Adriano Batista da Silva explica que a empresa responsável pela obra já foi notificada pela falta de manutenção. “Emitimos um auto de infração pela falta de manutenção e, após o ato, foi mandado a procuradoria do município e depois ao Ministério Público”, afirmou. 

De acordo com Silva, atualmente existe uma associação de moradores que é responsável pela manutenção da obra e, recentemente, eles realizaram a sucção da água e também por tapar a entrada. Já a Prefeitura de Criciúma realizou a limpeza do local. “Os moradores também não possuem fundos para manter sempre a manutenção e o município não pode estar sempre limpando o local, que é privado. Estamos fazendo o máximo e cobrando por manutenção. Estamos tentando amenizar a situação”, ressalta.

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