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No Sul de Santa Catarina, cidades enfrentam problemas com a chuva

Matéria atualizada às 17h22min/ /Força das águas levou aterro de pontes, prejudicou as estradas municipais e água invadiu casas
No Sul de Santa Catarina, cidades enfrentam problemas com a chuva
Por Amanda Garcia Ludwig Em 26/08/2013 às 09:15
Matéria atualizada às 17h22min/ A chuva que cai em toda a região Sul de Santa Catarina desde a última sexta-feira prejudicou diversos municípios, entre eles Jacinto Machado. O coordenador municipal da Defesa Civil da cidade, Amilton Ghellere, explica que a estrada do Picadão ficou alagada e deixou moradores ilhados. Agora, é necessário que eles façam o desvio pelo morro para passar pela localidade.

Os rios Pinheirinho e rio da Pedra também subiram. Segundo Ghellere, os aterros de algumas cabeceiras de pontes foram levados pela água. A Defesa Civil fará um levantamento nas estradas e cabeceiras das pontes assim que as chuvas diminuírem.

Em Sombrio, algumas casas foram invadidas pela água, ruas ficaram alagadas e pontes caíram. Uma equipe da prefeitura está nas ruas para buscar informações dos estragos. "Andamos pelo interior e vimos que a situação é ruim para os agricultores, nas estradas para escoamento da produção que fica quase inviável e nas plantações inclusive, afinal, esse excesso de chuva acaba com qualquer que seja a cultura. Na cidade, além das ruas que acabam ficando esburacadas, algumas famílias foram obrigadas a sair de casa porque suas residências foram invadidas pela água", explica o prefeito, Zênio Cardoso.

No bairro São José, moradores tiveram problemas por causa das obras de duplicação da BR-101. Alguns desvios ficaram trancados e a água invadiu as casas. Foi necessário que a prefeitura levasse uma máquina até o local para desobstruir a passagem de água.

Em Cocal do Sul, a chuva danificou o telhado da Delegacia de Polícia, o que ocasionou um alagamento na laje que cobre o local. Com o comprometimento na rede elétrica e por orientação técnica, os serviços foram suspensos até que seja possível restabelecer o atendimento sem riscos aos profissionais da delegacia. Os boletins de ocorrência devem ser registrados na delegacia mais próxima ou pelo site www.pc.sc.gov.br/delegaciaeletronica.

Segundo o coordenador regional da Defesa Civil no Sul de Santa Catarina, Rosinei da Silveira, a situação passou a ser preocupante a partir das 9 horas desta segunda-feira, principalmente nas regiões de Araranguá, Sombrio, Jacinto Machado, Laguna e Jaguaruna. "A ressaca do mar foi muito grande, e a água avançou muito em Laguna e Jaguaruna. Isso causou restrições no escoamento dos rios e fez com que a água da bacia aumente muito em diversas regiões", alerta.

A Defesa Civil estadual já foi avisada sobre a situação, e todos os coordenadores regionais estão preparados para visitar comunidades e alertar sobre os riscos. "A partir de agora vamos dobrar a atenção para atender todas as áreas. As mais atingidas, por enquanto, são Araranguá, Sombrio e Jacinto Machado", avisa Silveira.

Na região da Associação dos Municípios da Região Carbonífera (Amrec) a situação não é considerada preocupante. Apenas Morro da Fumaça registrou uma cheia na área rural, mas a água já está escoando e nenhuma família, a principio, foi atingida.
 

A média história e prevista para todo o mês de agosto nestas cidades é de 120 milímetros. De quinta-feira até esta segunda-feira, foram registrados em Criciúma 150 milímetros de chuva, em Araranguá choveu 180 milímetros, e em Timbé do Sul choveu 230 milímetros. Em todo o mês de agosto deste ano, já foram registrados o acúmulo de: 370 milímetros em Criciúma, 390 milímetros em Araranguá e 470 milímetros em Timbé do Sul.

Em Maracajá, o rio Mãe Luzia, no Centro, está 2,50 metros acima do nível normal e a equipe da prefeitura está em alerta. Desde as 5 horas desta segunda-feira o rio já subiu mais de dois metros. Se continuar assim, nas próximas horas, a água pode afetar as oito casas que ficam às margens do rio, no acesso Norte. Caso o rio suba ainda mais, o Centro da cidade também pode ser afetado. Se a água começar a represar aí corre-se o risco de inundações.
Nas localidades de Garajuva e Sangão Madalena há uma pequena lâmina de água nas estradas. Até o momento nenhuma comunidade está ilhada, nem há desabrigados.


Colaboração: Assessoria de Jacinto Machado, Fabrício Espíndola/Assessoria de Sombrio, Itaionara Recco/Comunicação Maracajá

Em breve mais informações.