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Centro de Convivência da Terceira Idade inova com aulas de violão para idosos

Trabalhar a coordenação motora e estimular a memória deles está entre os principais objetivos dessa nova oficina, em Criciúma
Centro de Convivência da Terceira Idade inova com aulas de violão para idosos
Foto: Fotos: Vanessa Amando
Por Vanessa Amando Em 04/09/2013 às 21:20
Dominó, tricô, bingo, dança de salão. Não são mais somente essas as atividades dos grupos de idosos em Criciúma. Agora, o Centro de Convivência da Terceira Idade, no Morro Cechinel, também oferece oficinas de violão. A proposta é inovadora e tem como principais objetivos trabalhar a coordenação motora e estimular a memória de pessoas com idade superior a 60 anos. Inserida a pouco mais de 30 dias, a oficina já conta com 56 pessoas inscritas.

Uma delas é Alaíde José Teixeira, de 76 anos. Ela está nas aulas há duas semanas e este é seu primeiro contato com um violão, mas já aprendeu algumas notas. "Não é difícil, está sendo bastante prazeroso. Sentir o som saindo das nossas mãos é muito bom", garante dona Alaíde. Aos 63 anos, Maria Salete Borges Dagostim teve sua aula inicial nesta quarta-feira, quando aprendeu sobre o instrumento e já dedilhou a primeira nota. Animada, ela gostaria de tocar nas festas da família, por isso pretende treinar bastante.

Para o professor de violão, o músico Tiago Maciel, esta é uma experiência única. Ele mora com os avós, foi criado por eles, então destaca que tem bastante contato com idosos, o que lhe permite ter mais liberdade com essas pessoas. As aulas têm uma linguagem diferente para facilitar o aprendizado.

"Visitei os grupos de idosos dos bairros para apresentar o projeto e convidá-los a participar da oficina. A receptividade foi muito boa, superou nossas expectativas. Por isso, vamos ter que ampliar o espaço físico das aulas e tivemos que adquirir mais materiais. Hoje, contamos com dez violões, material didático simplificado e em fonte maior, além de suportes para as partituras e apoios para os pés, a fim de não prejudicar a postura dos idosos", ressalta o músico.

Inclusive, a saúde dos alunos participantes é algo que merece destaque. Maciel explica que eles fazem movimentos de alongamento e fisioterapia antes das aulas. "O mais importante é tirá-los de casa, ensinar algo novo, que os motive a vir para o Centro de Convivência. Uns têm mais facilidade do que outros para aprender, mas é dada bastante autonomia a eles, para que estejam sempre motivados a participar das aulas", garante o professor.

De acordo com o gerente dos Serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculos para a Pessoa Idosa, Zolnei Vargas, a demanda fortaleceu para a coordenação do Centro a importância desta oficina. Ele confirma que a receptividade dos alunos está sendo muito boa. Hoje, o Centro de Convivência da Terceira Idade atende de segunda a sexta-feira. Além do violão, também é possíver fazer aulas de dança, artesanato e patchwork, informática, entre outras. Segundo Vargas, mais de 1,9 mil pessoas participam dos 82 grupos de idosos em Criciúma.