Candidatos à prefeitura de Criciúma se manifestam sobre a prisão do prefeito Clésio Salvaro
Salvaro foi preso na manhã dessa terça-feira durante a Operação Caronte
Foto: Thiago Hockmüller/Arquivo Engeplus
A prisão do prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro (PSD), ainda repercute no município. Além do candidato à prefeitura Vaguinho Espíndola (PSD), que é apoiado por Salvaro, os candidatos Jorge Godinho da Silva, do partido Solidariedade, Júlio César Kaminski, do partido Progressistas (PP), Paulo Ferrarezi, do partido Movimento Democrático Brasileiro (MDB), Ricardo Guidi, do Partido Liberal (PL) e Arlindo Rocha (PT), se manifestaram sobre o assunto.
Salvaro foi preso durante a segunda fase da Operação Caronte, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) e pelo Grupo Especial Anticorrupção (Geac). O prefeito foi alvo de um mandado de prisão preventiva e outras nove pessoas também foram detidas por suposta participação em fraude envolvendo a concessão de serviço funerário na cidade de Criciúma. Abaixo, confira o que disseram os candidatos:
"Ele (Salvaro) é o responsável pela secretaria de assistência social pelo município todo. Temos que aguardar o resultado do que o juiz vai definir. O impacto disso já vínhamos falando, que para o município é ruim, virou uma chacota para todo mundo, onde se fala da corrupção implantada na prefeitura. É ruim para a polícia, para o município e para a família do próprio prefeito, mas não se pode virar as costas para o que foi feito. As pessoas têm que ter caráter e honestidade do começo ao fim. O prefeito não é a vítima, as vítimas são todos que tiveram que pagar por um serviço que já tinham sido pagos. Minha visão é essa: que a justiça tem que ser feita e esperar a resposta dela. A maior vítima são as pessoas que queriam enterrar os entes queridos e pagar algo que já tinha sido pago pelo município. Essa é a pior tristeza e vamos reparar isso"
Jorge Godinho da Silva, candidato a prefeito pelo Solidariedade
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"Nosso trabalho continua. Não estamos esperando que fique preso ou que fique solto, é a justiça que vai definir. Isso não tem interferido em nada para nós, nosso trabalho continua, estamos visitando as comunidades, visitando cada casa e esse é o nosso papel. Esperamos que entendam a nossa proposta para melhorar a saúde, a educação, o social e a segurança. Esse é o nosso projeto. Sobre a prisão do prefeito está na mão da justiça, ela que vai definir. Nossa proposta é falar sobre a qualidade de vida das pessoas"
Paulo Ferrarezi, candidato a prefeito pelo MDB
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"Este é um momento difícil, e muito triste para nossa cidade. A prisão do prefeito, investigado por organização criminosa e fraude em licitação dos serviços funerários, não é uma notícia boa pra ninguém. Nós precisamos deixar claro que esta não é uma questão de política, e sim uma questão de polícia. Essa investigação já tem mais de dois anos, em várias cidades, e a prisão foi uma determinação do Tribunal de Justiça a pedido do Ministério Público. O prefeito Salvaro precisa ter o direito de fazer a sua defesa e dar as explicações necessárias, tanto para a justiça como para a população de Criciúma. O nosso compromisso é com a verdade, a transparência, a honestidade e com a garantia de que, na nossa gestão, não vai ter prefeito preso nem polícia batendo na porta. Nosso papel, nesse momento, é acreditar na justiça, olhar pra frente, apresentar as nossas propostas para Criciúma e mostrar o que nós vamos fazer pelo futuro da nossa gente. Vamos em frente. E que Deus nos abençoe"
Ricardo Guidi, candidato a prefeito de Criciúma pelo PL
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"Tenho com ele uma fidelidade muito grande, uma lealdade muito grande também e agora, é claro, nós vamos conduzir a nossa campanha com muito mais força, com muito mais motivação, acreditando que tantos advogados do prefeito Salvaro, como ele mesmo, vão ter oportunidade durante o processo de fazer toda a sua defesa e eu não tenho dúvida e creio na inocência do nosso prefeito Clésio Salvaro. Ainda que ele não consiga estar conosco agora, mas toda a energia dele estará representada. Vamos continuar visitando o comércio, as pessoas e fazer aquilo que nós sempre fizemos, conversar com as pessoas, ouvir as pessoas e fazer sempre os melhores encaminhamentos"
Vaguinho Espíndola, candidato a prefeito pelo PSD
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"Do processo propriamente dito, do inquérito da investigação, eu não tenho conhecimento, então não vou opinar. O que eu venho defendendo há muito tempo é que esse modelo de gestão política, partidária, fazendo um exército de cargos comissionados, preparando sempre uma indústria para a próxima eleição, acaba gerando isso, acaba gerando muitos negócios, acaba gerando descontrole. Ou seja, o bem público perde a sua finalidade de atender o coletivo e passa a atender projetos individuais ou de grupos ou até pessoais. Para mim, é isso que ocorre. Então, o sistema, esse modelo é que acaba contaminando tudo. Acredito que deve ser essa mesma situação dos outros 27, 28, prefeitos e presos em Santa Catarina"
Arlindo Rocha, candidato a prefeito pelo PT
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"Minha solidariedade às famílias atendidas pela Central Funerária, vítimas deste suposto esquema de corrupção que está vindo à tona. Minha solidariedade a todos que enfrentaram essa situação em um momento de profunda dor, como é a perda de um ente querido. Aos investigados, desejo que tenham pleno direito de defesa e que os fatos sejam esclarecidos pela polícia e pela Justiça. Esta situação é extremamente prejudicial para Criciúma. Outras cidades que passaram por estes escândalos ficaram estagnadas, pararam no tempo. Por isso, lamento profundamente e condeno esses acontecimentos. Enquanto vereador, durante esses oito anos, fiscalizei, sugeri mudanças e alertei sempre que necessário. Fiz o que estava ao meu alcance para combater esse tipo de situação"
Júlio Kaminski, candidato a prefeito pelo PP
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