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Índice de contaminação com aulas 100% presenciais mantém mesma média do ensino misto

Indicativo mostra registro médio semanal entre 18 e 22 casos na comunidade escolar
Índice de contaminação com aulas 100% presenciais mantém mesma média do ensino misto
Foto: Ana de Mattia/Decom/Ilustrativa
Por Thiago Hockmüller Em 14/07/2021 às 12:43

Mesmo com o retorno das aulas 100% presenciais, em 1° de junho, o índice de contaminação por Covid-19 na comunidade escolar segue no mesmo patamar de quando o ensino era realizado de forma mista. Essa é a constatação da Secretaria de Educação do município, que está com registro médio semanal entre 18 e 22 casos positivos.

De acordo com o secretário da pasta, Miri Dagostim, esse é o mesmo indicativo entre 17 de fevereiro e 1° de junho, quando o ensino ainda era feito de forma mista. “Não alterou nada. Esta semana até baixou um pouco”, explicou em entrevista ao Portal Engeplus

No total, de fevereiro a julho, são 391 casos positivos na comunidade escolar, isto somando cerca de 23 mil pessoas entre professores, alunos, equipe diretiva e servidores. São três óbitos, todos registrados antes do 100% presencial: uma criança de seis anos, um professor e uma servente. 

Professores vacinados

Dagostim explica que os protocolos de distanciamento social, uso de máscara e álcool gel são fundamentais para a estabilidade do processo. Além do mais, dados da Secretaria de Educação indicam que apenas 11 professores não receberam nenhuma dose da vacina contra a Covid-19. 

“São 1.585 professores vacinados, todos com a AstraZeneca e aguardam os prazos (para segunda dose). E tem os de grupos de risco que foram vacinados antes. Dos 11 que não foram, por situações que estão sendo tratadas, alguns com problemas de saúde e dois que se negaram”, explica Dagostim. 

Estes professores justificaram a negativa, alguns com atestado médico, e seguem dando aulas presenciais. Segundo Dagostim, a Secretaria de Educação foi procurada por outros municípios para explicar o funcionamento das aulas 100% presenciais. 

“Foi um grande acerto e um exemplo que está sendo seguido no estado. Mais de dez secretarias (procuraram informações do modelo), como Corupá, São José, Chapecó, Pomerode e Araranguá. Ligam pedindo informações sobre como estamos conscientizando", argumenta. 

Ensino reforçado e pesquisa de avaliação

A Secretaria de Educação aguarda o resultado de pesquisa realizada com o Instituto Indica e que está sendo tabulado por uma empresa em Curitiba para identificar o grau do ensino no município. A avaliação aconteceu entre os dias 1 e 2 deste mês, em turmas do 4º, 5º e 9° ano. 

Desde que o retorno aconteceu, já foram identificados alunos com necessidade de reforço em português e matemática. A partir da próxima semana, as escolas municipais também vão iniciar atividades no contraturno com aulas de robótica, empreendedorismo, atividades de saúde, sobretudo para crianças com obesidade, além de aulas de música, teatro e atividades com a Defesa Civil. 

“São 28 laboratórios com robótica, computadores e impressora 3D. A assinatura do convênio com as instruções que ministrarão os cursos será na semana que vem. Entre elas estão a Satc, Abadeus e Sest/Senat”, explica o secretário.

Ainda conforme dados da Secretaria de Educação, divulgados no mês passado, mais de 80% dos alunos já retornaram de forma 100% presencial, ou seja, cerca de 15 mil estudantes. O tema motivou, inclusive, uma nota técnica do Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina encaminhada aos municípios e a cartilha de orientação "Todos na Escola: Ações para promover a (re)inserção e a permanência de crianças e adolescentes no ambiente escolar".