Pirita é mais valiosa do que parece, dizem pesquisas de geoquímicos norte-americanos
A pirita, um rejeito do carvão mineral, é bem conhecida em nossa região carbonífera. Por muitos anos ficou exposta ao tempo, mas a partir do fim da década de 1990, até os dias atuais, devido ao cumprimento de leis ambientais, é acondicionada e devolvida à terra, formando elevações recobertas de vegetação. Também foi conhecida como “ouro de tolo” devido ao brilho amarelado que aparece em sua composição que é, na verdade, uma liga de estanho e enxofre. Há uns 20 anos, foi tentado o seu aproveitamento para produção de energia e fertilizantes no projeto da Usitesc – Usina Termelétrica de Santa Catarina, que seria instalado em Treviso, mas não saíu do papel. É um rejeito, portanto, pesquisado em nossa região pelo CTCL – Centro de Tecnologia do Carvão da SATC.
O que diz a Universidade de Virgínia
De acordo com reportagem publicada esta semana no site Terra, “cientistas norte-americanos acabaram de anunciar a descoberta de piritas ricas em lítio, material extremamente valioso e usado em baterias de íon-lítio de celulares, computadores e carros elétricos. Também é útil em reatores de fusão nuclear”. Esta pesquisa, informa a reportagem, é do Laboratório IsoBioGeM, da Universidade da Virgínia Ocidental , dos Estados Unidos.
Estudo localizado
“Este é um estudo bem específico”, explica a geoquímica Shailee Bhattacharya, uma das autoras do estudo publicado. Por enquanto, portanto, foram analisadas 15 amostras de pirita retiradas na região dos Apalaches, que se estende por parte dos EUA e do Canadá, e ainda não se sabe se a presença de lítio é comum em piritas de outros locais do globo, completa a reportagem.
Joice Quadros. Economia, Mercado e Política. Bacharel em Jornalismo (UFRGS). Professora e Pesquisadora, com obras publicadas. Cadeira 28 da Academia Criciumense de Letras e Membro da Diretoria da Associação de Jornalistas Escritoras do Brasil/Santa Catarina. Nasceu em Santo Ângelo (RS).
