O Conflito Israel-Palestina e os EUA
Diferentes acordos de paz nortearam a geopolítica do Oriente Médio
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Desde que as Nações Unidas estabeleceram um mapa de divisão entre Israel e Palestina há uma possibilidade de paz entre israelenses e palestinos. Se de um lado Israel é reconhecido como um estado independente, por outro lado a Palestina não tem o mesmo reconhecimento internacional.
Os palestinos atualmente estão isolados em duas áreas (a Faixa de Gaza e a Cisjordânia). Jerusalém permanece dividida, considerada cidade internacional pelas Nações Unidas.
As mudanças dos últimos anos fortaleceram a visão de dois estados convivendo juntos pacificamente. Foi o que pautou a agenda de Obama durante seus oito anos na presidência (2009-2016).
Os quatro anos seguintes de Trump (2017-2020) voltaram ao estreitamento de relações entre Israel e os EUA. Acordos de reconhecimento de relações entre os Emirados Árabes Unidos e Israel. Marrocos, Sudão e Bahrein seguiram pelo mesmo caminho da visão Trump. A abertura da embaixada dos EUA em Jerusalém foi um dos principais marcos de sua política externa.
O Brasil tem uma ligação histórica com a fundação de Israel em 1948 através da atuação do embaixador Oswaldo Aranha nas Nações Unidas. Em tempos recentes, Netanyahu e Bolsonaro se aproximaram politicamente revivendo esse laço entre os dois países, enfraquecido nos governos seguintes. Disposto a um alinhamento com Trump e a um alinhamento com os evangélicos brasileiros, Bolsonaro se aproximou de Bibi, como é carinhosamente conhecido o primeiro-ministro de Israel.
A tradição norte-americana de buscar acordos de paz entre Palestina e Israel não é nova. De Carter, passando por Clinton, até chegar a Obama. Em momentos de capital político interno baixo, os presidentes norte-ameericanos buscam restabelecer sua liderança através da diplomacia.
Curiosamente, no último pronunciamento de Biden sobre Relações Exteriores no Departamento de Estado, o Conflito do Iêmen ganhou maior destaque. A centralização do Irã como inimigo dos EUA teve espaço, porém, e agradou Israel.
Israelenses e palestitnos vivem sob a expectativa de novos acordos, que acabam trazendo a expectativa de paz, mas não se concretizam na prática.