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Hidroxicloroquina: cancelamento de uso emergencial nos EUA em 2020

Droga foi aprovada para uso emergencial, mas depois autorização foi revogada
Hidroxicloroquina: cancelamento de uso emergencial nos EUA em 2020
Foto: Reprodução EPR
Por André Abreu Em 26/06/2021 às 10:33

A hidroxicloroquina e a cloroquina tiveram seu uso emergencial autorizados pela agência de medicamentos dos EUA, Food and Drug Administration (FDA), no final de março de 2020. O texto oficial da agência na referida data dizia: 

 

" A FDA emitiu uma autorização emergencial para tratamentos experimentais contra o coronavírus usando cloroquina e hidroxicloroquina, uma droga contra a malária defendida pelo presidente Trump apesar de provas clínicas inconclusivas de sua eficácia."

 

Em junho de 2020 a agência norte-americana cancelava o uso emergencial da droga contra o coronavírus:

 

" Com base em novos dados científicos, a FDA revogou uso emergencial da hidroxicloroquina e cloroquina para tratar a COVID-19 em determinados pacientes hospitalizados. A decisão é baseada em resultados recentes de testes clínicos em pacientes hospitalizados. Os resultados indicaram que as drogas não demonstraram nenhum benefício em reduzi a possibilidade de morte ou apressar a recuperação.  Os dados foram comparados com outras novas informações e se mostraram coerentes. As referidas drogas não têm qualquer probalidade de matar ou inibir o coronavírus. A autorização para uso emergencial está cancelada."

 

A decisão da FDA seguiu a tendência europeia. No final de abril de 2020, a Agência Europeia de Medicamentos (EMA, em inglês) alertava sobre efeitors colaterais fatais das drogas e que elas não tinham se mostrado eficazes no tratamento contra o coronavírus.  A agência europeia de medicamentos (EMA) adverte sobre quais são os efeitos colaterais da cloroquina e da hidroxicloroquina: problemas no ritmo cardíaco.

Países que investem em pesquisa autorizaram o uso dos medicamentos para o tratamento da COVID-19 em um momento crítico de combate à doença e antes do desenvolvimento das vacinas. 

Os debates na CPI da pandemia têm demonstrado que os senadores estão atrasados em pelo menos um ano. Estão discutindo em 2021 um assunto que as mais respeitadas agências de medicamentos mundiais têm dados científicos e decisões tomadas desde 2020.