Alemanha termina eleições sem vencedor definido

Atualização às 15h36: O Partido Social-Democrata (SPD) e a União Democrata Cristã (CDU) terminaram o pleito deste domingo (26/09) praticamente empatados, segundo as primeiras sondagens, que dão às legendas cerca de 25% dos votos cada. Sem um vencedor claro, o resultado acirrado deixa a sucessão da chanceler federal Angela Merkel em aberto e dependendo de um processo de costura de alianças que pode se arrastar por meses.

O SPD tem como candidato o atual vice-chanceler e ministro das Finanças Olaf Scholz. Já a CDU, o partido de Merkel, é representada por Armin Laschet, atual presidente da legenda e governador do estado da Renânia do Norte-Vestfália. A depender de como vão ser as negociações para a formação de coalizões, um dos dois vai comandar a Alemanha.

A  Alemanha foi às urnas neste domingo (26) para escolher o sucessor de Angela Merkel.

A chanceler deixa o cargo após 16 anos no poder e é considerada uma política da direita conservadora. Internacionalmente sua linha foi muito próxima às políticas de Barack Obama e do próprio presidente dos Estados Unidos, Joe Biden nas questões ambientais. Em seu governo, a Alemanha abriu também as portas para receber um grande número de refugiados de conflitos internacionais, como os sírios. Foi muito criticada por isso.

Com um parlamento dividido após os resultados, o Bundestag, como é chamado, poderia ficar nas mãos de uma coalizão de pelo menos três partidos, um arranjo que não ocorre na Alemanha desde o final dos anos 1950.

Há a possibilidade de que as negociações para a formação de um novo governo demorem meses, adiando a aposentadoria de Merkel.

Neste sentido a Alemanha vive um período histórico: Merkel é a primeira chefe de governo alemã do pós-guerra que vai deixar o poder por vontade própria. Esta também é a primeira eleição desde 1949 que não conta com um chanceler no poder em busca da reeleição.

Para a sucessão de Merkel, muitos analistas apontam Olaf Sholtz como o favorito. Sholtz é seu ministro das Finanças e é do Partido Social Democrata (SPD). A política alemã pode caminhar para a centro-esquerda com o novo parlamento, segundo analistas políticos locais.