Bolsa de Nova York: efeito coronavírus domina mercado de ações
Preocupação do investidor é com a expansão do coronavírus fora da China
O medo das consequências econômicas causadas pela propagação do coronavírus continuou a abalar os mercados globais, forçando liquidação de ações e uma demanda crescente de ativos seguros como títulos do Tesouro e o iene japonês.
O S&P 500 caiu 3% na sexta-feira e agora está quase 15% abaixo do seu recorde. O índice caminha para a pior semana desde 2008 e está em sua maior queda em mais de três anos. O Dow Jones Industrial Average caiu para o menor nível desde junho. O Índice de Volatilidade Cboe atingiu o maior nível em dois anos.
Brasil
O Ibovespa subiu 1,15%, a 104.171,57 pontos, após ter chegado a perder o patamar dos 100 mil pontos pela primeira vez desde outubro de 2019.
O dólar subiu a R$ 4,48 nesta sexta e renovou recorde de fechamento.
Quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020.
A Bovespa atingiu 106.656 pontos (0,89%) na máxima, mas fechou na mínima de 102.984 pontos com uma queda de 2,59%, após ajustes.
Em alta pela sétima sessão seguida, o dólar voltou a fechar no maior valor nominal desde a criação do real. Nesta quinta-feira (27), o dólar comercial encerrou a sessão vendido a R$ 4,475, com alta de R$ 0,031 (+0,7%). Depois de registrar a maior queda diária em quase três anos, a bolsa voltou a cair.
As ações de Wall Street entraram em queda brusca, à medida que os mercados globais estão em ritmo de venda em massa.
Isso significava que todos os três principais índices de ações de Nova York estão negociando muito abaixo de seus recordes anteriores - atingidos há apenas algumas semanas - devido ao crescente receio sobre os danos econômicos generalizados causados pelo surto de coronavírus.
O Dow Jones caiu quase 1200 pontos nas negociações de quinta-feira com quedas acentuadas também vistas no S&P 500 (4,4%) - e Nasdaq (4,6%), que é o índice de tecnologia.
A liquidação de ações se soma a quedas acentuadas que já foram vistas nos últimos dias, colocando os índices de Wall Street a caminho para a pior semana desde a crise financeira de 2008.
A onda de venda de ações é gerada pelo sentimento dos investidores enquanto novas infecções são identificadas na Europa, nos EUA e no Oriente Médio. Nos EUA, a Califórnia está monitorando pelo menos 8.400 pessoas, com 28 pessoas confirmados com o vírus.
