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As mudanças climáticas serão a próxima pandemia afirma Lili Edelkoort

Tendências de comportamento
As mudanças climáticas serão a próxima pandemia afirma Lili Edelkoort
Foto: Dezeen.com
Por Dezeen Em 11/02/2022 às 11:25

Em entrevista concedida ao site inglês Dezeen, desta semana,  a analista holandesa, Li Edelkoort, diretora da agência Trend Union de N. York, antecipou as tendências futuras da moda, do design e da arquitetura, e declarou que, após o coronavírus, o mundo terá que lidar com uma ameaça ainda maior que são as mudanças climáticas.

“Depois desta pandemia, vamos nos envolver totalmente com a próxima, que é a mudança climática”, disse ela. "Possivelmente um desafio mais mortal e devastador." "Parece que a conscientização cresceu imensamente em todos os níveis, privado, público e corporativo", disse. “Testemunhar a natureza seguindo seu curso inspirou a todos e a saúde e o bem-estar se tornaram questões importantes em maior escala”.

" A Arquitetura terá foco em sistemas sustentáveis". Edelkoort acredita que esse foco levará as cidades a se tornarem lugares mais verdes e informados pelos ideais do designer de Artes e Ofícios, do século XIX William Morris. “O foco será em habitações sustentáveis ​​com um núcleo de Arts & Crafts em seus acabamentos e o design mais decorativo e mais aconchegante”, disse ela. "É claro que a cozinha é o cômodo número um para exigir concentração, enquanto os quartos estão se tornando suítes júnior, com chuveiro, closet, móveis pequenos e escrivaninha." “A arquitetura se concentrará em sistemas sustentáveis, pequenas casas e cabanas, além de repensar edifícios urbanos vazios para ajudar a tornar a cidade mais verde”, acrescentou. “Assim, o país se torna agricultor e a cidade um pasto mais verde, trocando papéis antes de se fundir em um estado de jardim com aglomerados de moradias e edifícios, entrando no reino da utopia de acordo com William Morris”.

Haverá um novo foco na cor, padrão e forma, para criar "interiores mais envolventes e pessoais". “Todos nós aprendemos como objetos simples e bonitos podem ser importantes durante o bloqueio”, afirmou. "Eles não salvam vidas, mas são essenciais de alguma forma." Edelkoort também observou como as pessoas se deslocam em massa das cidades para o campo para aproveitar os preços mais baixos das casas e dos terrenos. "Os mercados imobiliários raramente foram tão agitados e desconcertantes como são hoje", disse ela. "As casas de campo são compradas por telefone, mesmo sem visita. Em muitos países, as pessoas estão deixando as cidades para se instalar em casas mais acessíveis e mais bonitas, com jardins próximos à natureza, ou em centros de cidades menores", continuou.

O coronavírus ofereceu "uma página em branco para um novo começo", disse Lili  Edelkoort. A analista de tendências espera que esse movimento continue à medida que as pessoas forem liberadas da vida no escritório. "Os jovens estão abocanhando casas de campo e celeiros, casas de pescadores e residências de trabalhadores para fazer um lar em espaços minúsculos". "É uma loucura perceber que se pode comprar uma casa por 20.000 euros, com muito terreno também." "Arquitetura e design, assim como as atividades de bricolage, vão prosperar", acrescentou, apontando que "um número louco" de pessoas estava gastando dinheiro em melhorias nas casas. A tecnologia permitiu que as pessoas se tornassem mais nômades, disse ela. "Wifi abriu o caminho para a liberação de espaço, e também podemos optar por viver como nômades e em veículos de acampamento maravilhosos.Por sua vez, isso levará as empresas a repensar como criar espaços de trabalho para essa nova geração de trabalhadores móveis.O movimento home office não vai parar, mas continuará como outra maneira de ser, libertando as pessoas de um local", previu ela, "incitando as empresas a criar novos centros onde podemos nos reunir para trabalhar  e depois voltar para casa. A ideia de hotéis de trabalho vem à mente."

"O vírus me deu paz de espírito e descanso ao corpo, reabastecendo-me com trabalhos interessantes e perguntas totalmente novas, com muitas novas conexões em todo o mundo, com trabalhos à distância com designers e arquitetos que nem conheci na vida real. A aldeia global tornou-se o meu lugar", acrescentou. Edelkoort, hoje com 71 anos, finalizou a entrevista sabiamente afirmando que: "As únicas coisas que sinto falta são flertar, dançar e abraçar."

Uma lição para a vida.

 

João Rieth Arquiteto e Designer

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Criciuma SC (48) 999410853

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