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Colunista Vinícius Alexandre
Impressões em 60 minutos

Por Vinícius Alexandre

Missão Carretera Austral/Ushuaia - 4x4 - Dia 2

Dia 02 de 20 e poucos - Pântano Grande (RS) - Casilda (ARG)
Missão Carretera Austral/Ushuaia - 4x4 - Dia 2
Por Vinícius Alexandre Em 18/12/2022 às 18:25

Como citei no nosso encontro anterior, saímos cedinho de Pântano Grande e seguimos sentido fronteira via BR 290, a partir dali nos despedimos da 290 após Rosário do Sul, e pegamos a BR 158 seguimos rumo a Santana do Livramento, fronteira Brasil/Argentina.

Ali, enchemos o tanque (diesel s10 mais barato) e deixamos o Brasil e entramos no Uruguai, na cidade de Rivera, destino bastante conhecido pelos Brasileiros que vão fazer compras nos Freeshops.

Aqui, é importante se atentar que se você estiver apenas indo fazer compras no Freeshop não é necessário fazer os tramites documentais na aduana, e só ir e voltar e tudo é bem simples.

Já se você pretende entrar mais no território Uruguaio e/ou atravessar o mesmo e cruzar a fronteira com a Argentina, que era o nosso caso, é necessário fazer o procedimento na aduana.

O posto de controle fica dentro do Shopping Sineriz, e ali você faz todo o processo de saída do Brasil a Polícia Federal e na sequencia, troca de guichê e faz a entrada no Uruguai.
Atendimento extremamente eficiente e cordial em ambas as fases do processo e no nosso caso, utilizamos o passaporte, mas é possível viajar apenas com a identidade (atualizada) dentro dos países do Mercosul.

Após ter feito meus procedimentos de aduana, aproveitei e fiz uma comprinha no shopping, de alguns produtos pra usar na viagem e que estavam com 70% de desconto.

Pé na estrada novamente e agora seguimos pra dentro do Uruguai. Vacilamos e esquemos de fazer o câmbio e pegar alguns pesos uruguaios para pagar os dois pedágios do caminho até a Argentina.

Saindo de Rivera, mirando o sul, pegamos a Ruta 5 em direção a Tacuarembó, caminho razoavelmente sinalizado e estrada boa e com boa sinalização. 

Quando chegamos no primeiro pedágio, paramos o carro e descemos pegar informação, já que não tinhamos valores em "efectivo", em pesos. 

A solução é simplese consiste em comprar um tag (tipo sem parar) e insetir créditos. mas fique atento que isso só é possível se você tiver um cartão de crédito habilitado para compras no exterior. Caso não tenha, vai ter que voltar e conseguir fazer o câmbio, trocando reais por pesos.

Uma dica é que se você "gastar" seu portunhol e explicar a sua rota, o atendente consegue calcular quanto você ira desenbolsar e você já pode incluir créditos suficientes para todas as suas passagens pelos pedágios uruguaios. No nosso caso, dois na ida e dois na volta, e para isso gastamos 490 pesos.

Superado esse imprevisto, seguimos viagem e em Tacuarembó, trocamos a Ruta 5 pela Ruta 26, a oeste, e seguimos em direção a Paysandu, onde fizemos a travessia para o território argentino.

Antes de efetivamente cruzarmos a fronteira pela Puente Internacional Paysandú - Colón, o caminho nos leva um novo posto de controle. Aqui, assim como no Brasil, todo o procedimento é feito no mesmo ambiente, com as diferenças que aqui tudo se resolve em apenas um chichê, de dentro do próprio veículo, com o mesmo funcionário fazendo o procedimento de saída do Uruguai e de entrada na Argentina.

A surpresa veio após estarmos liberamos para entrar na Argentina, quando descobrimos que há um outro pedágio (já havíamos passado os dois previstos). Pelo que conseguimos entender (e imaginar) esse pedágio já é argentino e novamente fomos salvos pelo cartão de crédito internacional. Nessa passagem, 1400 pesos argentinos.

Sábado, final de tarde, véspera de final de copa do mundo, nos bateu duas preocupações, o câmbio e a comunicação.

Estávamos sem chip argentino, e portanto ainda sem internet e também sem dinheiro (pesos) no bolso. Para comprar o chip, iámos precisar pesos e para achar um local para câmbio, da internet. Que M****! 

Havíamos feito um depósito pelo aplicativo da Western Union para sacar na Argentina, mas sem internet não havia como mapear a chegada até um correspondente do banco.

Solução? Entramos no posto de combustíveis logo após a ponte, à procura de um WIFI, para pesquisar a localização de uma agência da Western Union, e confirmando nosso receio, todos correspondentes fechados!

Resolvemos pedir informações para a atendente da conveniência do posto, que nos indicou um outro funcionário que faria a troca de dinheiro. Hablando com o cidadão, que aceitava tanto dólares como reais, resolvemos trocar alguns reais (Pagou 49/1 - Melhor que o oficial e pior que o "blue").

Com la plata nas mãos, abastecemos a caminhonete e seguimos firme na meta de entrar mais na argentina, optando por seguir sentido à Rosário.

Para isso, após Colón,  pegamos um pequeno trecho ao sul pela Ruta 14 (sentido Buenos Aires) e aí, já saindo da 14, pegamos a estrada que leva, na sequência à: Caseros, Basavilbaso, Rosário del Tala, Lucas Gonzáles e Nogoyá. 

Nesse ponto, assim como no primeiro dia, alguns dos nossos integrantes já começavam a demonstrar algum sinal de cansaço, e entramos em algumas dessas pequenas cidades em busca de comprar o bendito chip de celular (na pronúncia deles, algo como "Típ"), que só são encontrados em pequenas lojas chamadas "Kioskos", que na minha opinião se assemelham com as nossas bancas de jornais e revistas. 

Em Nogoyá, após comer e utilizar o WIFI de um posto de combustíveis, já procurando um hotel para nos acomodarmos, eis que visualizo o tal do "Kiosko" aberto. Vencemos, finalmente vamos ter internet móvel! 

A atendende maravilhosamente bem disposta, nos explicou o funcionamento e procedimento para ativação do chip, Amanda comprou um jornal local e ao fim, num gesto completamente gentil, a "Hermana" sabendo que procurávamos estadia e que alguns hotéis estavam fechados/lotados, nos propôs que se nada encontrássemos, nos alugaria um quarto em sua própria casa.

Resolvemos tocar um pouco mais sentido Victoria, onde nos havia informado a atendente do Kiosko, que por ser uma cidade mais turística, deviamos encontar mais opções de estadia. Nada também, mas aí já estávamos mais tranquilos pois eu já havia conseguido ativar a minha internet móvel.

Estou na boléia e ainda sem sono, em que pese os demais já estejam caindo pelas tabelas. 

Nessa tocada, saímos da Província de Entrerios, cruzamos a bela ponte sob o Rio Paraná e a cidade de Rosário e por fim, após mais de 1.100km no dia, paramos na simpática cidadezinha de Casilda. 

Internet é vida e ali logo encontramos o Hotel Cuatro Plazas, bem no centro da cidade de 35mil habitantes. Às 3h da matina, estamos acomodados no quarto e decido que não vou rascunhar o nosso diário. Banho e cama.

Como diz o meme do PicaPau: "Que dia! Que dia!"

É isso. Amanhã, tento trazer pra vocês um resumo das fortes emoções do dia de hoje!

 

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