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Impressões em 60 minutos - Volkswagen Golf Variant 1.4 TSI

Portal Engeplus testou a versão estendida do hatch que chegou ao país em 2015
Impressões em 60 minutos - Volkswagen Golf Variant 1.4 TSI
Por Redação Engeplus Em 21/03/2017 às 08:22

Especial: Vinícius Alexandre R. Fabrício

E nesta semana continuei nos alemães, porém troquei de categoria e fui testar a perua Golf Variant, “prima” estendida do famoso hatch e que chegou ao país em 2015.

O carro agrada muito no quesito visual e aí não poderia ser diferente, penso eu, pois assim como o hatch, a perua é obra do design alemão e compartilha dos acertos do mesmo. Traz a modernidade das linhas que se espera de um veículo hoje, mas não exagera, transmite uma sensação de sobriedade, de algo em constante evolução.

Aliás, por se tratar basicamente de um Golf ampliado o visual externo é praticamente idêntico, com exceção óbvia da carroceria alongada, tampa traseira e restante da parte traseira. Ainda, chama bastante a atenção o grande teto solar panorâmico, uma pitada extra de requinte, elegância e esportividade.

Não há como deixar de falar sobre a solução geniosa encontrada pelos engenheiros para a abertura da tampa do porta-malas, colocando a maçaneta no próprio emblema da fabricante, solução que também havia sido notada no hatch.

Aí, já que se trata de uma perua e também por ter falado em porta-malas, vale mencionar o generoso espaço disponível para bagagens. Suficiente até mesmo para abrigar o estepe com roda de liga leve, idêntico no modelo e tamanho das rodas que equipam o veículo. Gostei, não é algo comum.

Internamente, seguindo o padrão do parente menor testado na semana passada, é tudo bem localizado, bem acabado e caprichado, com destaque para algo que pra mim havia faltado no hatch. O acabamento em couro, bege. Combinou demais e rendeu elogios em uma das paradas que fiz.

Ainda por dentro, apesar das diferenças de acabamento (melhor agora), o carro possui as mesmas características do carro anteriormente testado. Nos bancos - abas laterais, ajuste de altura e lombar.  Volante multifuncional, com ajuste de altura e profundidade, em couro e achatado na base, só que desta vez com paddle shift. Tacômetro e velocímetro analógicos com uma pequena tela entre eles para informações do computador de bordo e central multimídia.

Nesta versão a chave é presencial e a partida é dada por meio de um botão. A central multimídia com tela touch reúne todas as funções de som, telefone, GPS, computador de bordo e função Think Blue (que sugere um modo de condução mais econômico). O porta-luvas é refrigerado e abriga entradas de mídias (cartões e CDS).

O carro tem difusor do ar-condicionado na parte traseira, contudo, diferentemente do hatch, a perua conta com ar-condicionado digital de duas zonas (permite regular temperaturas diferentes para motorista e passageiro). Aliás, diferente também é o controle do teto solar elétrico que desta vez ainda possui controle elétrico para o fechamento e abertura do para-sol.

Seguindo a tendência do downsizing o veículo conta com um motor 1.4 turbo e aí desta vez, calejado pela experiência anterior que mostrou que um motor 1.0 é capaz de impulsionar o Golf, já não carrego comigo aquela desconfiança, pois imagino naquele momento que as 400 cilindradas a mais vão dar conta do peso extra.

E dá conta. Casando bem com um câmbio automático tiptronic de 6 velocidades, o motorzinho, digamos assim, pois são apenas 1.400 cilindradas empurra bem a perua, proporcionando vigorosas arrancadas e um bom desempenho em retomadas. O torque está disponível bem cedo e logo aos 1.500 giros já é possível sentir que aquele motor tem algo mais a oferecer. Dali para a frente os ponteiros sobem rápido e o esperto e ágil câmbio faz bem o seu trabalho, mas confesso que não entendi bem a Volkswagen, pois o carro quando desembarcou no Brasil em 2015 contava com um câmbio automatizado de dupla embreagem e 7 velocidades, certamente superior em tecnologia e desempenho.

Com o bom torque em baixa o carro é silencioso e gostoso de rodar no anda e para da cidade, com ponto positivo para a existência do sistema start-stop que desliga o motor em paradas para poupar combustível.  Ainda como diferencial para uso urbano o carro conta com assistente de partida em rampa, sensores de estacionamento dianteiros e traseiros e park assist.

Na estrada, e aí eu acho que talvez seja o habitat natural da perua, ela se mostra silenciosa e apta a um passeio ou viagem familiar, tranquila e segura. Tem força suficiente para acelerar bem e realizar ultrapassagens sem sustos e conta com um bom sistema de freios e tecnologia embarcada para frear com segurança e se manter na pista. Freios a disco nas 4 rodas, controles de tração e estabilidade, freios antitravamento e auxiliar de frenagem de emergência. E ainda, alguns itens que felizmente não testei – airbags frontais, laterais, cortina e joelho e um interessante sistema que freia automaticamente o veículo após uma eventual colisão, com o intuito de evitar novas colisões.

Contorna bem as curvas e a direção elétrica é precisa e passa segurança, mas não é possível igualar o desempenho do hatch, pois como em toda perua, em razão do comprimento da carroceria, ela tem uma tendência a sair de traseira, ainda que o controle de estabilidade faça bem o seu trabalho e mantenha a trajetória.

O veículo foi gentilmente cedido pela concessionária Kolina Volkswagen Criciúma

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