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Por dentro da relação corpo humano e produtos lácteos

Nutricionista esclarece duvidas sobre o tema
Por dentro da relação corpo humano e produtos lácteos
Foto: Reprodução
Por Redação Engeplus Em 30/08/2019 às 20:00

Segundo pesquisa do Instituto Datafolha, cerca de 35% da população brasileira acima de 16 anos possui algum desconforto associado ao consumo de produtos lácteos. No entanto, estes números podem ser ainda maiores devido à falta de diagnósticos precisos.

De acordo com a nutricionista Karolaine Duminelli, a lactose nada mais é que o açúcar presente nos leites de origem animal, seus derivados (queijos, iogurtes, requeijão, etc) e em alguns produtos industrializados (biscoitos, patês, molhos, etc). “Após ingerirmos este açúcar em nosso intestino, ele é quebrado em dois açúcares menores (galactose e glicose), que serão absorvidos para a corrente sanguínea e assim utilizados como fonte de energia. A enzima lactase é a responsável por quebrar a lactose em dois açúcares menores”.

Ainda de acordo com ela, a intolerância a lactose está relacionada a uma deficiência parcial ou total da enzima lactase. “Quando há uma deficiência, seja ela parcial ou total, essas moléculas de lactose acabam passando reto em sua maior forma, sem ser quebrada, alcançando as partes mais baixa do intestino (grosso). Por fim, as bactérias absorvem em gases causando os sinais e sintomas da intolerância a lactose”, explica.

Dentre os inúmeros sintomas que podem estar associados a intolerância a lactose, os mais comuns que podem ocorrer entre 30 minutos a 2 horas após a ingestão são:

  • Náuseas; 
  • Vômitos;
  • Constipação intestinal;
  • Flatulência;
  • Diarreia;
  • Inchaço abdominal;
  • Cólicas;
  • Gases;

Além destes, podem também estar associados a intolerância:

  • Sinusite recorrente;
  • Rinite  recorrente;
  • Coceira na garganta;
  • Bolinhas (como alergia) no braço;
  • Cansaço;
  • Entre outros;

A má absorção de lactose pode ser classificada de três formas distintas, sendo elas:

  • Primária: Mais comum em adultos. Devido alterações na função do gene que sintetiza a lactase;
  • Secundária ou Adquirida: Causada por alterações no trato gastrointestinal devido alterações de doenças intestinais (doença de Crohn, doença celíaca, doença diverticular do cólon, síndrome do cólon irritável, enterites..);
  • Congênita: Redução ou ausência de lactase no indivíduo desde o nascimento devido herança genética.

A nutricionista destaca que o tratamento da intolerância deve ser iniciado após dado o diagnóstico por um profissional habilitado (nutricionista ou médico). "É necessário associar os sinais, sintomas e exames complementares para um diagnóstico completo". Uma Intolerância não cuidada pode acarretar diversas deficiências nutricionais de vitaminas e minerais, que pode ocasionar possíveis doenças futuras.