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Os números que pautam estratégias na saúde

Os números que pautam estratégias na saúde
Foto: Arquivo Engeplus
Por Denis Luciano Em 06/11/2017 às 08:00

Há pelo menos seis meses a prefeitura vem lançando um forte debate no sentido de fomentar o uso das Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Em maio o município chegou a promover assembleias populares para expor projetos e metas bem como colher sugestões e reclamações referentes ao funcionamento das dezenas de postos de saúde espalhados pelo município.

Na ocasião, a Secretaria de Saúde divulgou que são muitos casos de criciumenses que desconhecem os serviços oferecidos na rede e acaba formando filas nos 24 Horas e até procurando os hospitais. “As pessoas devem procurar mais as UBSs, elas tem até 85% de resolutividade”, explicou, na época, a secretária Franciele Gava.

Fechamento e mudanças de horários

Reforçando a recomendação, o prefeito Clésio Salvaro já vai preparando o terreno para ajustes que a rede de postos ganhará com a inauguração da UPA da Próspera, marcada para janeiro de 2018. O 24 Horas da Próspera será fechado e o da Boa Vista terá redução no horário de atendimento. “Fizemos um levantamento que aponta que o 24 Horas da Boa Vista acolhe no máximo 14 pacientes das 23h às 6h, na madrugada. Isso é muito pouco para a estrutura que se mantém ali. Nada contra esses pacientes, mas vale mais a pena nos custos manter ali uma ambulância e então deslocar para a UPA ou até algum hospital, conforme o caso”, complementa o prefeito.

Por outro lado, a Quarta Linha deverá ganhar um reforço no seu atendimento em saúde. “A nossa região agrícola é maior que muitos municípios, precisamos estender serviços lá”, reconhece Salvaro. A intenção é ampliar o horário de atendimento e reforçar a estrutura da unidade que atende a Quarta Linha e bairros vizinhos da região que deverá ser transformada em distrito a partir de 2020, conforme já se estuda na Câmara de Vereadores.

Faltas em consultas e cirurgias

Outra preocupação referente às UBSs é o número de consultas médicas desperdiçadas. “Nossa pesquisa aponta que de 25 a 30% das pessoas que marcam consultas não comparecem no dia. Elas estão prejudicando a cidade e os demais da fila de espera, pois essa consulta é paga e o médico fica lá, ocioso, esperando, enquanto há outras pessoas precisando”, lamenta o prefeito. “Não falta medicamentos e os médicos estão com salários em dia. Queremos agora otimizar esse atendimento”, refere Salvaro. “Para tanto, pedimos a todos que agendarem uma consulta e por alguma razão precisarem faltar, que liguem para a UBS e desmarquem, permitindo o chamado de um novo paciente”, observa.

Mais um dado referente à rede de saúde é a fila de espera por cirurgias. “Fizemos um mutirão no qual comprados 43 exames de ultrassom, a secretária agendou por telefone com as 43 pessoas que confirmaram mas, na hora marcada, somente 25 compareceram. As demais foram pagas pela prefeitura e não usadas”, conclui Salvaro. “O cidadão também tem a sua parcela de responsabilidade para o serviço de saúde melhorar”, arremata.