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Agora é só urgência e emergência no HMISC

Agora é só urgência e emergência no HMISC
Foto: Denis Luciano
Por Denis Luciano Em 08/09/2017 às 17:10

Principal porta de entrada no atendimento em saúde infantil na região o Hospital Materno Infantil Santa Catarina (HMISC) sofrerá uma importante alteração em seu perfil. A partir de uma decisão colegiada, tomada pela Comissão Intergestores Regional (CIR), que congrega os secretários de Saúde da AMREC, ficou determinado que o HMISC só fará atendimentos referenciados.

“Na prática, os casos de urgência e emergência, encaminhados por SAMU, Bombeiros e via ambulâncias serão os atendidos. Os demais deverão procurar a rede básica”, explica a secretária municipal de Saúde de Criciúma, Franciele Gava.

Todas as crianças vão passar por uma classificação. Os casos menos graves ganharão identificação azul e verde e serão encaminhados aos postos de saúde. “Temos dados que 90% dos atendimentos no HMISC são de casos mais simples, que poderiam ser atendidos nas unidades básicas”, aponta a secretária. “Isso valerá para todas as crianças. Em horário que a unidade básica estiver aberta ela tem que ir para a unidade básica”, detalha.

A titular da Saúde em Criciúma lembra que de cada dez atendimentos no hospital nove envolvem questões de pequena complexidade. “Na maior parte dos casos são dores de ouvido, de garganta, que o clínico geral na rede básica consegue dar vazão”, pondera Franciele. 

Uma mudança cultural

Há um aspecto cultural que envolverá a mudança. “É que os pais não procuram as unidades básicas nem esperam os sinais do sintoma. A criança começa um pico febril e eles já correm para o hospital, o que dificulta até a conduta clínica”, comenta a secretária. Mas ela cita a importância de a população compreender a reorganização da rede. “Como fizemos no Hospital São José. Temos uma rede desorganizada, as pessoas procuram os hospitais quando há uma rede básica para atender”, completa.

A gestora da Saúde observa, ainda, que com menor demanda no HMISC a tendência natural é de redução dos custos. “É o nosso objetivo para continuar mantendo o hospital aberto, visto que o financiamento hoje é Ministério da Saúde e município sem aporte financeiro do Estado”, conclui.

Na reunião da última quarta-feira o CIR deliberou, ainda, por requerer ao presidente da AMREC, prefeito Ademir Magagnin, que convoque uma reunião dos seus pares para debater a situação do HIMSC.