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Com aparência de abandono, UPA pode ser ativada em 2016

Verba está garantida pela secretária de saúde; obras precisam ser finalizadas
Com aparência de abandono, UPA pode ser ativada em 2016
Foto: Douglas Saviato
Por Douglas Saviato Em 16/03/2016 às 10:11

A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Próspera, em Criciúma, permanece desativada e sem expectativa para funcionamento. Na última semana, a reportagem do Portal Engeplus esteve no local e se deparou com uma estrutura praticamente abandonada. Grama alta, janelas sem vidros e paredes sujas reforçaram a aparência de abandono no entorno da obra.

Deterioração - A UPA começou a ser construída em 30 de agosto de 2010. Durante estes quase seis anos de construção, os locais já finalizados sofreram com a deterioração provocada pelo tempo, sendo que entre 2012 e 2014 a construção esteve parada.

Com isso, parte do forro cedeu e o espaço acumulou infiltrações. Além disso, a rede elétrica do prédio chegou a ser roubada e a estrutura se tornou residência para cachorros e moradores de rua. Atualmente, o local está 90% concluído.

Porte menor, menos médico – Na última semana, o secretário de Saúde de Criciúma, Vitor Benincá, esteve em Brasília em busca de recursos para a colocação da unidade em funcionamento.

Ficou acertado que a UPA passará do porte II para o porte I. No porte I, o município arcaria com R$ 1.3 milhões mês, recurso que a prefeitura não teria como arcar. Já com o porte II, a prefeitura pagará entre R$ 800 e R$ 900 mil ao mês. Já o Governo Federal, através do Ministério da Saúde, custeará nesta nova condição o valor aproximado de R$ 300 mil. No entanto, o local que receberia oito médico, receberá quatro profissionais.

De acordo com Benincá, este novo acordo financeiro foi estabelecido e o processo licitatório foi encaminhado e já está garantido.

Obras se arrastam – O local ainda não está em operação, pois a estrutura ainda não está 100% finalizada. Conforme o secretário de Mobilidade Urbana e Infraestrutura de Criciúma, André de Lucca, no segundo semestre de 2015, a estrutura passou pelos reparos decorrentes da deterioração. “A compra dos últimos materiais para que a obra seja concluída estão vinculadas com o dólar. Como a moeda aumentou consideravelmente nos últimos meses, estes materiais não foram comprados pela empresa responsável pelas obras”, justifica.

Entre os produtos comprados, estão o piso vinículo (piso especial utilizado em hospitais), tintas específicas que serão utilizadas nas salas de raio X e gases medicinais. De Lucca acredita que ainda neste semestre estas últimas adequações serão concluídas. Posteriormente, será aberto um processo licitatório para a compra dos equipamentos da estrutura. O custo será compartilhado entre município e Governo Federal. 

Orçamento - Em 2009, quando foi assinada a ordem de serviço para a construção da Unidade de Pronto Atendimento, o valor da obra foi orçado em R$ 2 milhões.