Cadê a oposição no parlamento estadual?
Desde 2001 as presidências do Legislativo de SC são definidas por chapa única
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Eleita ontem a nova mesa diretora da Assembleia Legislativa (Alesc), ficou no ar a pergunta: cadê a oposição no parlamento estadual? Acontece que uma prática vigente desde 2001 repetiu-se. Ou seja, não houve disputa entre chapas, mas sim um acordão entre todas as bancadas.
“Isso não é um problema. Antes pelo contrário. É prova que há um entendimento entre os partidos, é sinônimo de credibilidade e unidade. Unificamos todos por uma ideia”, acredita o deputado Aldo Schneider (PMDB), vice-presidente da nova mesa, liderada pelo presidente Sílvio Dreveck (PP). Schneider será o presidente da Casa em 2018.
Atualmente, a Alesc é composta por dez bancadas: PMDB, PSD, PSDB, PT, PR, PP, PSB, PCdoB, PSC e PDT. Nas votações de matérias do governo Raimundo Colombo, nos últimos anos, também se confirma a solidez da base aliada, com raras disputas e muitas votações maciças com o Palácio da Agronômica.
Um dos pontos que deve pautar a gestão de Dreveck e Schneider é a contenção de gastos. “Em uma continuidade do que fez o presidente Gelson Merísio”, acentua o deputado do PMDB, lembrando a devolução de R$ 170 milhões nos últimos anos da Alesc para os cofres do Executivo, parte disto para o Fundo Estadual de Saúde.
O sul do Estado não tem representante na mesa diretora, mas deverá assumir a presidência de uma importante comissão. Hoje os deputados reúnem-se para definir os colegiados, e o deputado Cleiton Salvaro (PSB) deverá ser o presidente da Comissão de Minas, Energia e Economia.