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Futebol, negócio maltratado.

Futebol, negócio maltratado.
Foto: Jornal OVale
Por Willi Backes Em 07/09/2020 às 14:44

São nos grandes conflitos bélicos ou sociais que surgem os também grandes dilemas. Dentre a massa ignara emergem lideranças com decisões que visam o próprio usufruto ou, com perspectiva para buscar o bem coletivo.

Há muitos meses o Brasil, como boa parte do planeta, está sob o jugo da pandemia viral COVID 19. Palpites e decisões leigas de toda ordem e inconsistência. Repugna o desempenho especulador da Organização Mundial da Saúde OMS, que mais desorienta e especula do que ocupa posição de referência. As organizações médicas também claudicam, pouco reportam conhecimentos e experiências, muitos procedimentos já comprovadamente eficientes.

A SONFONA DO ABRE E FECHA, ABRE E FECHA.

Felizmente, aparentemente e segundo a necessidade da alimentação urbana, o vírus não foi na lida do campo e pecuária. O agronegócio não parou e está garantindo a sobrevivência econômica e social do Brasil. Na mesma toada, os mercados, supermercados hipermercados e farmácias mantiveram respectiva atividade econômica. A indústria nacional fez os ajustes necessários.

Restou para os shopping’s, comércio, varejo em geral, prestação de serviços e transportes pagar o saldo negativo. Abre e fecha. Fecha e abre com horários reduzidos, o que facilita a aglomeração, nada mais que uma decisão estúpida. Organizar e promover eventos sociais, feiras e exposições, virou chave de porta de cadeia. Pra entrar.

INCOERÊNCIA FUTEBOLÍSTICA.  

O futebol profissional voltou. O futebol amador, não. Esse só voltará se cumprir um rosário de besteiróis. Os profissionais voltaram devido a tímida manifestação dos clubes e principalmente, para atender os interesses da mídia para preencher grade de programação.

Inacreditável é perceber a inexistência do debate para que ocorra o retorno do público aos estádios. Os veículos de comunicação não se manifestam favoráveis ao retorno do público por única e exclusiva razão. Torcida em casa aumenta venda de pacotes das transmissões, maior audiência nas TVs e emissoras de rádio, mais leitura dos jornais ainda existentes.

Definitivamente não há lugar público mais seguro e possível de controle sanitário do que um estádio de futebol. Nos poucos acessos, verificação do uso de máscara, uso de álcool e gel no acesso e saída, venda proporcional de ingressos com a capacidade do estádio, medição da temperatura corporal, recomendação da não frequência dos grupos de risco - idosos e acometidos de comorbidades.

O futebol profissional e respectivas entidades organizadoras, continuam sendo gestores de um circo, agora sem público presencial. O que é ordem unida hoje, poderá ser falta de hábito amanhã.