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As mulheres deputadas, afinal, nomeadas e enriquecidas

Assessoria da Assembleia atende e complementa matéria nossa
As mulheres deputadas, afinal, nomeadas e enriquecidas
Foto: Eduardo G. de Oliveira/Agência AL
Por Aderbal Machado Em 09/03/2020 às 16:44

Matéria enviada pela assessoria de Comunicação da Assembleia, em função de nossa coluna anterior sobre a inauguração de galeria às deputadas estaduais, no Dia das Mulheres.

Segundo a assessoria, em contato pessoal, houve uma estratégia de informação. A primeira matéria a que tivemos acesso seria apenas uma preparação para o evento. E neste dia 9 foi a instalação efetiva, donde houve a divulgação dos nomes e currículos. Menos mal. A relação está em ordem alfabética, não cronológica de mandatos.

A matéria:

Em homenagem ao mês da mulher e ao Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março, a Galeria de Arte Ernesto Meyer Filho, da Assembleia Legislativa, recebe, a partir desta segunda-feira (9) até o dia 27 de março, a exposição “Mulheres no Parlamento”, que traz uma homenagem às 16 mulheres que ocupam ou já ocuparam uma cadeira no Legislativo catarinense.

A mostra é uma coletânea de 16 painéis com fotos e textos com a história e realizações das deputadas estaduais e é aberta ao público de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h.

Acompanhe, abaixo, um breve perfil das deputadas:

Ada De Luca
Filha de Addo Vânio Faraco de Luca e Nely Firminio Faraco nasceu em Criciúma no dia 19 de abril de 1949. Formada em Direito, viúva de Walmor Paulo De Luca, mãe de Fabiana e Giovana, avó de Catarina, Valentina e Paola. Neta, filha e esposa de político, desde muito cedo envolveu-se com política e logo no início de sua adolescência participou ativamente dos grêmios estudantis.
Foi uma das primeiras filiadas do MDB de Criciúma e nunca mudou de partido. Ada participou do movimento da anistia, das Diretas Já, trabalhou diretamente com o grande estadista Ulysses Guimarães e foi candidata à vice-governadora do Distrito Federal.
Em 2005, retornou a Santa Catarina e elegeu-se deputada estadual em 2006, sendo reeleita em 2010 e 2014. De 2015 a 2017 foi presidente do MDB Mulher Santa Catarina e durante sete anos esteve à frente da Secretaria de Estado de Justiça e Cidadania. Em 2018 retornou à Alesc e foi eleita para seu quarto mandato, tomando posse em fevereiro de 2019.
A luta a favor das mulheres é uma causa permanente. Ada De Luca instalou a Frente Parlamentar de Combate à Violência contra a Mulher, firmando o Pacto por Elas e alinhando o trabalho dos diferentes poderes e entidades. Apresentou projetos para multar agressores, instituir o programa de atenção às vítimas de estupro e para criar o Fundo Estadual de Enfrentamento à Violência Doméstica, além de promover a conscientização por meio de ações que visem à valorização de mulheres e meninas no sistema estadual de ensino.

Alba Schlichting
Alba é natural de Bocaina do Sul. Aos 18 anos veio para Florianópolis e graduou-se Bacharel em Letras e Direito pela UFSC, com especialização em educação pré-escolar e administração pública pela Udesc/Esag. Professora do Estado aposentada desempenhou funções relevantes em diferentes áreas: coordenou a Fundação Mobral no Estado; foi diretora operacional da Fundação Educar no Rio de Janeiro; coordenou o Sine em Santa Catarina e ampliou sua estrutura de 16 para 120 agências em dois anos, realizando a capacitação/formação profissional de mais de 180 mil catarinenses; foi superintendente estadual do INSS e sob sua liderança, na ocasião, foram eliminadas as intermináveis filas e reestruturadas fisicamente todas as unidades de atendimento; foi diretora administrativa da Fapesc e assessora da presidência da Alesc.
Na 15ª legislatura, de 2003 a 2007, ficou na quarta suplência como deputada estadual, mas não teve a oportunidade de assumir a vaga, salvo no mês de janeiro, por vacância do cargo.
Desde 2014 é consultora da Rede Catarinense de Inovação (Recepeti). Teve sempre forte atuação no serviço público, onde encontrou sua realização profissional e costuma afirmar que é servidora pública por carreira e convicção.

Ana Caroline Campagnolo
Ana Caroline Campagnolo foi eleita em 2018, sua primeira candidatura, e agora é a deputada estadual mais jovem de Santa Catarina e única mulher conservadora do parlamento catarinense. É itajaiense, professora há mais de uma década, graduada em História e pós-graduada em Literatura Portuguesa. Abandonou a vida universitária e seguiu uma trajetória intelectual independente após processar uma professora e servidora pública em 2016.
Tornou-se a autora do primeiro livro de contestação ao movimento feminista publicado por uma brasileira: “Feminismo — Perversão e Subversão” foi lançado na Alesc, em 2019, no Dia da Mulher. Cristã protestante e filha de um militar e de uma dona de casa, é defensora do Programa Escola Sem Partido, militante da causa pró-vida e em defesa dos valores cristãos.
Autora de diversos Projetos de Lei em tramitação como: (1) que proíbe material obsceno e sexualmente explícito nas escolas, (2) que obriga a apresentação de exame toxicológico para professores concursados, (3) que impõe medidas disciplinares para alunos que vandalizem espaço público, (4) que proíbe vilipêndio das crenças e dos símbolos cristãos em manifestações catarinenses, (5) que visa coibir a denúncia caluniosa e (6) que cria a carteira estudantil digital e gratuita em Santa Catarina.

Ana Paula da Silva (Paulinha)
Paulinha é natural de Florianópolis e participa desde os 13 anos dos movimentos sociais e estudantis. Com passagens de destaque pelo Ministério do Trabalho em Brasília e pela Secretaria de Administração do Estado do Rio de Janeiro, foi a primeira vereadora mulher eleita em Bombinhas, em 2004, e também a primeira prefeita, em 2012. Em 2016, mais uma eleição histórica garantiu à Paulinha a primeira reeleição do município, e seu governo foi encerrado com mais de 90% de aprovação da população.
No período que administrou o município de Bombinhas, Paulinha colecionou prêmios de gestão e de desenvolvimento e consagrou-se como a melhor gestão do estado e a terceira melhor do Brasil. Ela também presidiu a Associação dos Municípios da Foz do Rio Itajaí (Amfri), que reúne 11 municípios, de 2014 a 2017.
Em 2018, Paulinha concorreu à Assembleia Legislativa e foi eleita com a quinta maior votação, somando 51.739 votos. No Parlamento, a defesa e a valorização da mulher estão entre suas principais bandeiras, com destaque para o projeto em tramitação que institui o programa Tem Saída em Santa Catarina. O objetivo é fazer parcerias com instituições que ofereçam vagas de emprego para mulheres vítimas de violência doméstica e familiar, para ajudar na recuperação da autoestima e garantir a volta dessas mulheres ao mercado de trabalho com independência financeira, colocando fim ao ciclo de violência.

Ana Paula Lima
Ana Paula Lima foi deputada na Assembleia Legislativa por quatro mandatos seguidos. Construiu sua trajetória política a partir da filiação ao PT, em 1987. Foi a primeira deputada estadual mulher eleita por Blumenau e a primeira mulher a presidir a Assembleia Legislativa, o que fez em diversas ocasiões, entre 2007 e 2008. Em 2012, no terceiro mandato, foi líder da bancada do PT.
No Parlamento, Ana Paula esteve à frente do movimento que originou a Bancada Feminina na Assembleia Legislativa, a qual coordenou em duas oportunidades. Presidiu as comissões de Saúde, de Direitos Humanos e de Turismo e Meio Ambiente.
Defensora das pautas de interesse das mulheres, criou a lei que institui o Observatório da Violência contra a mulher em Santa Catarina. Também propôs a diminuição do período de recesso dos deputados de 90 para 30 dias e o fim do pagamento das sessões extraordinárias durante as férias, além de encabeçar as pautas dos trabalhadores, a luta pelos direitos femininos e pela humanização do parto e do nascimento.

Angela Albino
Técnica em enfermagem pelo Colégio Coração de Jesus, em Florianópolis, e bacharel em Direito pela Universidade do Vale do Itajaí (Univali), de Biguaçu. Ingressou no serviço público em 1988, lotada no Tribunal Regional do Trabalho. Atuou em movimentos sociais e sindicais, em especial, na União Brasileira de Mulheres, na Federação Nacional dos Trabalhadores no Judiciário Federal e no Sindicato dos Trabalhadores no Poder Judiciário – do qual foi diretora.
Filiada ao PCdoB desde 2002, iniciou sua vida política ao disputar as eleições para a Câmara Municipal de Florianópolis em 2004, quando obteve 4.280 votos e tornou-se a única mulher eleita na 15ª Legislatura. Candidatou-se à prefeitura de Florianópolis em 2008, 2012 e 2016, mas não foi eleita.
Concorreu nas eleições de 2006 a deputada estadual, recebeu 22.593 votos e conquistou a 1ª suplência pela coligação Força do Povo. Em 2010 foi convocada à 16ª Legislatura (2007-2011), devido à licença da deputada Ana Paula Lima. Eleita deputada estadual para o Legislativo catarinense em 2010, com 32.828 votos, tornou-se a primeira mulher eleita pelo PCdoB de Santa Catarina e exerceu a 17ª Legislatura no período de 2011-2015.

Anna Carolina Cristofolini Martins
Anna Carolina é natural do município de Itajaí. Formou-se em Direito pela Universidade do Vale do Itajaí, onde também completou a pós-graduação em Gestão de Cidades. É a filha primogênita da servidora pública Delma Cristofolini e do advogado João José Martins. Em 2013 foi eleita vereadora de Itajaí e assumiu a cadeira no Legislativo aos 31 anos, sendo a mulher mais jovem a ingressar
democraticamente no Parlamento municipal.
Em 2014 foi eleita vice-presidente da Câmara. Ao longo do mandato, destacou se por sua forte postura combativa e fiscalizatória. Em função das ações de Anna Carolina, o Legislativo passou a divulgar separadamente o custo do gabinete de cada vereador – medida que contribuiu para a transparência e a moralidade, inibindo gastos excessivos e desnecessários.
Em 2020 foi empossada deputada estadual. Segunda suplente da coligação MDB-PSDB nas eleições de 2018, na qual fez 32.199 votos, ocupa a vaga do deputado Doutor Vicente Caropreso pelo período em que ele estiver de licença.
Chegou à Assembleia Legislativa como a primeira mulher filiada ao PSDB que alcança o Parlamento Estadual. Está determinada a deixar como marca um trabalho voltado à defesa do uso correto dos recursos públicos, no combate à corrupção, no atendimento das demandas da sua região e na defesa de políticas públicas e de ações voltadas aos direitos das mulheres. “Estou aqui para mostrar
para a sociedade que é possível fazer política de forma responsável com foco em ações transformadoras para a vida das pessoas.”

Antonieta de Barros
Nasceu em 11 de julho de 1901, em Florianópolis. Filha de Catarina e Rodolfo de Barros. De família muito pobre, ainda criança ficou órfã de pai e foi criada pela mãe, que era lavadeira. Alfabetizada aos cinco anos, concluiu os estudos primários na Escola Lauro Müller e obteve diploma da Escola Normal Catarinense – atual Instituto Estadual de Educação em 1921. Fundou o Curso Particular Antonieta de Barros em 1922 e o dirigiu até o ano de sua morte (1952), destinado à alfabetização da população carente.
Seu objetivo de ser professora foi alcançado, sendo considerada uma das melhores educadoras do seu tempo, especialmente na educação de jovens catarinenses. Venceu preconceitos, mudou seu destino e tornou-se ainda escritora, jornalista e representante política reconhecida.
Em 1934, na primeira eleição em que as mulheres brasileiras puderam votar e ser votadas, foi a primeira deputada negra do Brasil e a primeira deputada mulher no Parlamento catarinense. Antonieta concorreu a uma das vagas de deputada estadual e ficou suplente do Partido Liberal Catarinense (PLC). Como Leônidas Coelho de Souza não tomou posse, Antonieta assumiu. Ela foi deputada constituinte em 1935. Teve o mandato interrompido pelo Estado Novo em 1937. Após o início da redemocratização do país em 1945, outra vez disputou vaga como deputada estadual, agora pelo Partido Social Democrático (PSD). Obteve a segunda suplência e foi convocada em junho de 1948, durante o afastamento de José Boabaid.

Dirce Heiderscheidt
Dirce Heirderscheidt é assistente social. Foi deputada estadual por dois mandatos e hoje é presidente do MDB Mulher de Santa Catarina. Iniciou atividades na vida pública com ações de voluntariado na cidade de Palhoça, onde foi secretária de Assistência Social. Na Assembleia Legislativa foi coordenadora da Bancada Feminina e organizou audiências públicas para debater a questão da violência contra a mulher. Coordenou o Fórum em Defesa da Pessoa Idosa e organizou as três primeiras edições do Congresso Estadual de Aleitamento Materno, envolvendo profissionais da área da saúde e jovens mães, com resultado de melhorias nos índices de saúde na primeira infância.
São de sua autoria leis como as que instituem o Outubro Rosa e o Agosto Dourado, Também aprovou a lei que regulamentou o Disque 180, essencial para as denúncias de violência contra a mulher. Como coordenadora da Bancada Feminina, deixou dois grandes legados: a criação da Galeria Lilás e a institucionalização da Bancada Feminina – um passo importante para o
empoderamento feminino para as mulheres deputadas.

Ideli Salvatti
Nasceu em 18 de março de 1952, em São Paulo/SP. Graduada em Física (Licenciatura) pela Universidade Federal do Paraná (1976), foi professora da rede estadual de educação em Joinville e em Florianópolis. Foi fundadora e tesoureira da Central Única dos Trabalhadores, presidente do
Centro dos Direitos Humanos (CDDH) em Joinville, presidente da Associação dos Professores Licenciados de Santa Catarina (Alisc) e presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte).
Concorreu pela primeira vez à deputada estadual para a Assembleia Legislativa de Santa Catarina em 1986, obteve 996 votos e uma suplência pelo PT. Elegeu-se deputada estadual em 1994, com 11.832 votos, exercendo a 13ª Legislatura (1995-1999). Reelegeu-se à Assembleia Legislativa catarinense em 1998, com 15.676 votos, e integrou a 14ª Legislatura (1999-2003).
Nas duas legislaturas liderou a Bancada do PT no Parlamento e compôs inúmeras das comissões permanentes, entre elas a Comissão de Educação e participou ativamente de várias Comissões Parlamentares de Inquérito, como a da Sonegação Fiscal, por exemplo. Foi autora de vários projetos de lei, com destaque para a Lei de Acompanhamento no Parto; a lei que isentou os moradores do Norte da Ilha do pagamento de pedágio na SC-401; e a lei que denominou o Túnel Antonieta de Barros, resgatando a memória da primeira deputada catarinense e primeira deputada negra do Brasil.

Ingeborg Colin
Nasceu em 15 de fevereiro de 1921, em Joinville. Filha de Otto Colin e de Ingeborg Hermann Colin. Seu pai e seu tio Max eram proprietários da Indústria Colin e Cia., fundada em 15 de dezembro de 1913. Irmã de Hertha e de João Colin (prefeito de Joinville e deputado estadual na Assembleia Legislativa catarinense). Seu sobrinho, Pedro Colin (Pedro Paulo Hings Colin), filho adotivo de João, também foi parlamentar na Assembleia Legislativa e na Câmara dos Deputados.
Ingeborg, ou simplesmente Inge, realizou os estudos iniciais em Joinville, depois fez curso de Secretária e Racionalização do Trabalho, no Rio de Janeiro/RJ. De volta a Joinville, trabalhou como Oficial Maior do Cartório de Registro Civil e Documentos (1952). Casou-se com Cláudio Barbosa Lima. Em 1958, pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), candidatou-se para uma das vagas de deputado estadual da Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina. Recebeu 3.178 votos válidos, ficou na posição de 1ª suplente e foi convocada para a 4ª Legislatura (1959-1963) em três ocasiões, no total de 180 dias.
Sua posse foi marcada pelo fato de ter sido a segunda mulher a assumir como deputada na Assembleia Legislativa catarinense, sucedendo Antonieta de Barros, que exerceu mandato em duas legislaturas.

Luciane Carminatti
Luciane Carminatti tem 49 anos, é natural de Chapecó, mãe de três filhos, professora formada em Pedagogia e especialista nas áreas de Educação Especial e Orientação Educacional. É a mulher mais votada da história da Alesc, onde atua como a voz da educação, por salários justos e condições dignas de trabalho, escolas de qualidade e mais bolsas de estudo.
É a parlamentar em exercício que mais apresentou projetos de lei voltados à segurança das mulheres até hoje. Entre eles, destaca-se a lei que garante embarque e desembarque seguro fora do ponto de ônibus após as 22 horas. Também é a autora da lei que torna obrigatória, em locais públicos, a divulgação de canais de denúncia para combater a importunação e o assédio sexual.
Coordenou a elaboração do Pacto Estadual Maria da Penha e tem protagonizado, junto às mulheres do campo e da cidade, seminários regionais para combater a violência e construir a autonomia financeira das catarinenses.
Também atua por autonomia e renda para a agricultura familiar e camponesa; por mais investimentos para a assistência social, defensoria pública, economia solidária e a cultura catarinense; e pelo desenvolvimento dos municípios, com saúde acessível e segurança para a população. A conquista da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) e o curso de Medicina público e gratuito para o Oeste, além da aprovação da lei do segundo professor na rede estadual, são alguns frutos do seu trabalho comprometido com a educação e a justiça social.

Luci Choinacki
Nasceu em 17 de março de 1954, em Descanso. Filha de Tadeu Kovoski e de Rosa Kovaleski. Casada e mãe de Rudimar, Tatiane, João Paulo e Ezequiel.
Completou o ensino ginasial (atual Ensino Fundamental II) na Escola Básica Everardo Backeuser, no município de Descanso, em 1967. Trabalhadora rural e dona de casa, iniciou as atividades políticas na Pastoral da Terra, mais tarde integrando o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra no Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Descanso.
Exerceu a função de Coordenadora do Movimento Estadual de Mulheres, entre 1984-1987; e foi componente da coordenação estadual do Movimento das Mulheres Trabalhadoras Urbanas (MMTU/SC). Fazia 24 anos que a Assembleia Legislativa de Santa Catarina não tinha uma deputada mulher quando a camponesa Luci Choinacki foi eleita deputada estadual pelo Partido dos Trabalhadores, em 1986, com 6.068 votos. Ela integrou a 11ª Legislatura (1987-1991) e foi Deputada Constituinte de 1989 - a segunda mulher com tal responsabilidade na história do Parlamento catarinense.

Marlene Fengler
A deputada Marlene Fengler nasceu em Itapiranga. É graduada em Letras e pós-graduada em Políticas Públicas. Trabalhou na Câmara dos Deputados e no Senado. Foi a primeira mulher chefe de gabinete da Presidência da Alesc e a primeira a presidir a Escola do Legislativo.
Eleita deputada estadual pelo PSD em 2018, integra cinco comissões permanentes na Assembleia Legislativa, participa de frentes parlamentares e coordenou a Bancada do Oeste em 2019.
Ativista na defesa dos direitos das mulheres, coordenou a realização de audiências públicas sobre violência contra as mulheres e feminicídios, com o objetivo de reunir os envolvidos na questão e criar
uma rede conjunta de enfrentamento. Também atua fortemente pela ampliação da representatividade feminina nas esferas de poder.
Apresentou dois projetos de lei em defesa das mulheres. Um deles reúne em uma única lei toda a legislação catarinense referente aos direitos das mulheres. Outro prevê que as mulheres vítimas de
violência doméstica se beneficiem da lei que prevê regime especial de atendimento para fins de renda e emprego.

Odete de Jesus
Nasceu em 2 de março de 1951, em União da Vitória/PR. É formada em Geografia pela Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras de União da Vitória/PR (Fafiuv).
Elegeu-se deputada estadual à Assembleia Legislativa em 1998, pelo Partido Progressista Brasileiro (PPB), com 24.305 votos, e integrou a 14ª Legislatura (1999-2003). Nesse mandato, foi 2ª Secretária da Mesa, entre 2001 e 2003, e autora da Lei nº 12.278/2002, que autoriza a Secretaria Estadual da Educação a criar turmas gratuitas de pré-vestibular para alunos da rede pública.
Reelegeu se deputada estadual pelo PL, em 2002, com 31.361 votos, e integrou a 15ª Legislatura (2003-2007). Nesse mandato, foi autora da Lei nº 13.303/2005, que autoriza a Secretaria Estadual da Educação a afixar nas salas de aula avisos com telefones para os alunos denunciarem qualquer tipo de violência ou abuso sexual cometido contra menores, e da Lei nº 13.324/2005, que dispõe sobre a afixação nas recepções dos hospitais da rede pública, e privados do Estado,da Cartilha dos Direitos do Paciente. Nas eleições de 2006, pelo PL, reelegeu se deputada Estadual ao Parlamento catarinense, com 35.307 votos, e tomou posse à 16ª Legislatura (2007-2011). No início de 2007, filiou-se ao Partido Republicano Brasileiro (PRB) e foi sua líder na Casa. Na eleição de 2010, obteve 27.186 votos e conquistou uma suplência. Foi convocada para a 17ª Legislatura (2011-2015) por um período de 75 dias, entre 2011 e 2012.

Simone Schramm
Graduada em Pedagogia e pós-graduada em Administração Escolar pela Associação Catarinense de Ensino (ACE), ocupou várias funções na área da educação: professora; consultora educacional; diretora de escola; administradora escolar; diretora da 5ª Coordenadoria Regional de Educação; conselheira municipal e secretária adjunta de Estado da Educação.
Atuou como conselheira no Conselho Estadual da Assistência Social e no Conselho Estadual das Populações Afrodescendentes. Atualmente, é conselheira no Conselho Estadual de Educação de Santa Catarina.
Concorreu à Assembleia Legislativa pelo Partido Progressista Brasileiro (PPB) em 2002 e obteve 28.371 votos. Ficou na 1ª suplência do partido e tomou posse à 15ª Legislatura (2003-2007), exercendo funções por convocação em fevereiro de 2003, março de 2005, abril de 2006 e janeiro de 2007.
Candidatou-se à reeleição pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), no ano de 2006. Recebeu 17.089 votos, ficou suplente e não foi convocada. Foi diretora-executiva da Companhia de Desenvolvimento do Estado de Santa Catarina (Codesc), secretária executiva da Agência de Desenvolvimento Regional (ADR) de Joinville (2013-2018) e secretária de Estado da Educação (2018).
Preside o diretório do Movimento Democrático Brasileiro (MDB) em Joinville. Em 2018 recebeu o título de Cidadã Benemérita de Joinville.

Ney Bueno
AGÊNCIA AL

(AQUI) matéria sobre o mesmo tema da repórter Rafaela Custódio, enriquecedora em detalhes históricos e informações no mesmo tema.