Há 22 anos, o dia virava noite em Criciúma
Eclipse total do sol atraiu dezenas de cientistas ao sul de SC
Foto: Imagens / Arquivo JM
ESPECIAL / Nei Manique
Faltavam menos de 15 minutos para as 11 horas da manhã do dia 3 de novembro de 1994 quando o sol desapareceu, encoberto pela lua, e a região de Criciúma vivenciou um eclipse total. "O dia vai virar noite, os pássaros retornarão a seus ninhos e vocês verão estrelas", prenunciara em janeiro um astrólogo carioca à Eldorado AM.
Isso mesmo. Um astrólogo. Como o fenômeno astronômico seria um evento internacional de curtíssima duração (pouco mais de quatro minutos), os jornalistas penaram atrás de pautas que escapassem aos tecnicismos. Desde o início daquele ano, valia tudo, de babalorixás a simpatias para engravidar no dia.
Dois locais acolheram especialistas de vários países, além de muitos curiosos. A plataforma de pesca na zona norte do Rincão (plano B em caso de nebulosidade) foi um deles. A antiga Vila Olímpica, no Morro Cechinel, lotou. Nunca os meteorologistas foram tão procurados. Céu nublado, afinal, comprometeria observações e estudos.
No fim, deu tudo certo. No horário previsto com incrível exatidão, a lua matreira se esgueirou entre a Terra e o sol. O dia virou noite, o passaredo desnorteado procurou pelos ninhos e as estrelas cintilaram. Durou de fato pouco. Muito, porém, para quem nunca tinha visto e tampouco verá de novo algo igual.
Imagens / Arquivo / Cortesia: Jornal da Manhã
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