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Criciúma possui protocolo de controle de acesso às escolas, garante secretário de Educação

PM também atua dentro das unidades de ensino com ações preventivas
Criciúma possui protocolo de controle de acesso às escolas, garante secretário de Educação
Foto: Arquivo/Decom
Por Lucas Renan Domingos Em 04/05/2021 às 17:33

O atentado em uma escola infantil em Saudades, Oeste de Santa Catarina, chocou o país na manhã desta terça-feira, dia 4. Com uma espada, um jovem de 18 anos invadiu o local e desferiu golpes em seis vítimas, quatro crianças, uma professora e uma agente de educação. Cinco delas não resistiram e morreram.

Episódios como esse já aconteceram outras vezes no Brasil. Um dos mais marcantes aconteceu em Realengo, na cidade do Rio de Janeiro, em 2011, quando um homem de 25 anos abriu fogo na Escola Municipal Tasso de Silveira, matando 12 estudantes e deixando outros 13 feridos. Mais recentemente, em 2019, em Suzano (SP), dois jovens de 17 e 25 anos atiraram contra estudantes e mataram dez pessoas, incluindo os próprios atiradores, e deixaram 11 feridos.

O assunto sempre levanta o debate sobre a segurança nas escolas. Em Criciúma, a Secretaria de Educação adota um protocolo de controle de acessos dentro das instituições de ensino. “Todos os portões são trancados e quem chega precisa se identificar”, pontuou o secretário de Educação de Criciúma, Miri Dagostim.

As escolas também contam com monitoramento de câmeras. “Temos todo um protocolo. As pessoas que chegam na escola precisam tocar uma campainha ou chamar alguém na secretaria para atender. Inclusive, após este episódio em Saudades, emitimos um ofício para os diretores para que reforcem os cuidados”, relatou Dagostim.

Presença constante da PM

Além das medidas adotadas, as escolas de Criciúma e região contam com a presença constante da Polícia Miltar (PM). “Trabalhamos em três frentes. Uma é diretamente com as crianças, por meio do Proerd (Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência), que é uma ação preventiva. Temos também as questões operacionais, por mio de vistorias preventivas. Os sargentos dos setores vão até as escolas e analisam pontos de vulnerabilidade de segurança e orientam os diretores, professores, até mesmo em caso de indisciplina de alunos. Por fim, temos as rondas escolares motorizadas, onde vamos com as viaturas até o local e fazemos rondas nas proximidades”, relatou o major Rafael Mateus, do 9º Batalhão de Polícia Militar de Criciúma.


PM atua na prevenção por meio da conscientização dos alunos - Foto: Divulgação/GEIC

Entre as dicas repassadas pela PM estão a segurança no controle de acesso. “Acredito que seja o principal cuidado a ser tomado. As pessoas que entram lá devem ser apenas alunos, professores, pais. Não há um modelo específico de controle de acesso, porque cada escola adota uma forma, mas o importante é que haja e ele seja o mais seguro possível”, analisou Mateus.

O major também possui experiência no policiamento do Oeste do Estado. Ele atuou em Chapecó. “E Saudades fazia parte da nossa área de atuação. É uma cidade pacata, que ninguém esperava acontecer. É realmente um ponto fora da curva naquela região. São coisas que é até difícil de evitar. Fazemos todo um trabalho preventivo, mas é como um crime passional dentro de uma residência, por exemplo, difícil de ser evitado”, pontuou.