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Tarde de manifestação na Rua da Gente e apoio ao presidente Bolsonaro

Ação foi coordenada pela Coalizão Conservadora e contou com cerca de 500 pessoas
Tarde de manifestação na Rua da Gente e apoio ao presidente Bolsonaro
Foto: Thiago Hockmüller/Portal Engeplus
Por Thiago Hockmüller Em 15/03/2020 às 18:29

Cerca de 500 manifestantes estiveram na tarde deste domingo, dia 15, na Rua da Gente, ao lado do Parque das Nações em Criciúma, para um ato em apoio ao presidente Jair Bolsonaro. A ação foi organizada pela Coalizão Conservadora, um grupo de estudos e palestras com pilares de defesa ao direito à vida, livre iniciativa, liberdade individual e propriedade privada.

O ato iniciou às 15 horas, com a execução do Hino Nacional do Brasil. Logo depois, teve uma rodada de discursos liderados pelo coordenador do Coalizão Conservadora, Lucas Campos. “Tem até um pouco mais (de pessoas) do que esperávamos. Estamos bem felizes porque o povo não se contentou e está aqui para protestar. É o povo que manda, democracia é isso aí”, reflete em entrevista ao Portal Engeplus.

A manifestação havia sido adiada inicialmente em função de um pronunciamento do presidente Bolsonaro, que pediu que os protestos marcados em todo o país fossem protelados em função do coronavírus. Todavia, o grupo de Criciúma recebeu o aval do secretário de Saúde do município, Acélio Casagrande, e do comandante da 6ª Região de Polícia Militar (6ªRPM), coronel Cosme Manique Barreto

Lucas Campos, explicou que o ato não necessariamente é anti-Congresso, no entanto, percebe um certo boicote por parte de alguns congressistas na relação com Bolsonaro. “Sempre houve tensão entre Congresso e Executivo. É normal, mas desta vez ficou maior. O Congresso não aplica o que é para aplicar, parece que nos boicota, nos enrola e nos sabota em muitos sentidos. Percebendo a noção da realidade, viemos manifestar em apoio ao Jair Bolsonaro”, justifica. 

É a primeira vez que desobedecemos o presidente. O objetivo não é ir contra quem quer que seja, o objetivo é mostrar um posição, dizer que o Bolsonaro tem apoio. As manifestações são livres, as pessoas podem ir às ruas quantas vezes quiserem. Não pode quebra-quebra e durante a semana, quando as pessoas trabalham. As nossas são sempre aos sábados ou domingos, para não atrapalhar a atividade que produz riqueza no país.

Delegado da 1ª DP de Criciúma, Márcio Campos Neves
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Idosos também participaram

O casal de idosos, Antenor Geremias e Leopoldina Dalsasso, residentes de Orleans, participaram do ato. Ele tem 88 anos de idade e ela 87. Não ligaram para os casos suspeitos de coronavírus e vieram para Criciúma com o objetivo de exercer cidadania. Ela, inclusive, já foi até reconhecida em um vídeo do ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sérgio Moro.

“Votei na última eleição, estou aqui pelo bem do Brasil. Para ver se o povo se anima e cuida do nosso país. Viemos aqui para nos manifestar, para o povo acordar”, argumentou seu Geremias. 

Reinaldo Batista, 63 anos, natural de São Paulo e há cinco em Criciúma, a manifestação é uma forma de cobrar mudanças de comportamento dos parlamentares. E também exigir reformas que garantam o final de regalias, imunidade parlamentar, entre outros. 

“Cada um tem o seu motivo. Tem pessoas que vieram aqui e acham que o Bolsonaro é o salvador. Eu tô aqui não pelo presidente, tô aqui por você, por mim, por todos. A única forma de mudar o país é fazer pressão para que coisas ruins acabem. Admiro a força do Bolsonaro, mas não acho que ele é a solução. A solução é eu e você”, afirma.

O delegado Márcio Campos Neves, da 1º Delegacia de Polícia de Criciúma, participou da manifestação e também é integrante da Coalizão Conservadora. A todo instante, conversou com os participantes e procurou esclarecer os ideais que levaram o grupo até a Rua da Gente. 

“Estamos aqui para defender os pontos do conservadorismo: direito à vida, livre iniciativa, liberdade individual e propriedade privada. A partir disso queremos mostrar para as pessoas que o presidente tem apoio popular. Ocorreu uma alternância de poder em 2018, tá ruim? daqui dois anos e 10 meses troca de novo. Estamos aqui para apoiar o governo contra as maracutaias e chantagens de uma parte do Congresso”, explica. 

Atualmente o delegado está licenciado da 1º DP para resolver questões particulares e retorna ao cargo no dia 1º de abril.