Residencial Carmel: caso chega à Defensoria Pública da União e moradores buscam solução

O Residencial Carmel, localizado no bairro Mineira Velha, em Criciúma, está sem água há 13 dias e nessa segunda-feira, o responsável pelo condomínio esteve reunido com o secretário de Assistência Social de Criciúma, Paulo César Bitencourt, e o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), porém nada foi resolvido e o caso foi encaminhado à Defensoria Pública da União (DPU). A Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan) retirou o hidrômetro do local. A dívida entre condomínio e empresa está em R$ 2,4 milhões e as faturas não são pagas desde março de 2014.

O síndico do Residencial Carmel, Mateus da Rosa, conta que após a reunião com o MPSC, ele já esteve na DPU, mas não conseguiu atendimento. Mas hoje voltará a unidade para buscar uma solução. “Sabíamos que a água poderia ser cortada em qualquer momento, pois as faturas realmente não são pagas desde 2014. Atualmente, moram cerca de mil pessoas no residencial. São 272 famílias, sendo que 70% dos moradores não pagam o condomínio que é de R$ 84”, garante. 

Rosa ainda relata que os moradores estão comprando água e indo em casas de parentes para utilizar água. “Cada família está encontrando seu método para conviver sem água. Não cobramos na parcela do condomínio o valor da água, por isso sabíamos que poderia ser cortada a qualquer momento. Hoje, nossa intenção é religar a água e depois individualizar as faturas e cada família será responsável pelo seu hidrômetro”, comenta. 

O secretário de Assistência Social de Criciúma, Paulo César Bitencourt, afirmou que a reunião do MPSC ajudou nas questões das ocupações irregulares. “Foi questionado a Caixa sobre as ocupações irregulares e a Caixa informou que mais de 20 liminares estão prontas para desocupação e eles irão atualizar essa lista para depois realizar a ação”, conta. 

O Residencial Carmel conta com 274 apartamentos divididos em 17 blocos e cerca de mil moradores.