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Fragmento de crânio em mineralização é registrado pela equipe da Udesc

Animal foi enterrado ou soterrado em condições que favoreceram a preservação dos ossos
Fragmento de crânio em mineralização é registrado pela equipe da Udesc
Foto: Santiago Anguita
Por Redação Engeplus Em 28/12/2018 às 17:30

Durante a rotina de monitoramento um pequeno fragmento chamou a atenção. A forte ressaca que atingiu o litoral catarinense removeu a areia da praia e expôs o fragmento de um crânio de toninha juvenil (Pontoporia blainvillei) em processo de mineralização.

Analisando a peça, verificou-se que o animal foi enterrado ou soterrado em condições que favoreceram a preservação dos ossos mais resistentes do crânio. Outros casos semelhantes já foram reportados no litoral principalmente com crânios de baleia do período de caça.

O olhar do monitor e do técnico tem que estar bem treinado para pequenos detalhes, quase imperceptível para pessoas comuns. Este fragmento de crânio de toninha, registrado na praia do Gi, é um bom exemplo do treinamento e acuidade dos colaboradores do Projeto.

Segundo a equipe técnica, o monitoramento é feito todos os dias, de segunda a segunda, coletando animais marinhos feridos e mortos. Mas sempre existe a possibilidade de achar uma relíquia que a própria praia guardou por anos.

O Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) é uma atividade desenvolvida para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal das atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural no Polo Pré-Sal da Bacia de Santos, conduzido pelo Ibama.

Esse projeto tem como objetivo avaliar os possíveis impactos das atividades de produção e escoamento de petróleo sobre as aves, tartarugas e mamíferos marinhos, através do monitoramento das praias e do atendimento veterinário aos animais vivos e necropsia dos animais encontrados mortos.

Colaboração: Santiago Anguita