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Cinara e Nicolas partiram na curva mal sinalizada

Cinara e Nicolas partiram na curva mal sinalizada
Foto: Divulgação
Por Denis Luciano Em 25/04/2017 às 16:04

Em uma breve espiada no Facebook, em uma conversa com moradores da Mina do Toco, não é difícil descobrir a popularidade de Cinara Pavan, 37 anos. Funcionária de uma empresa de suporte em habitação, ela se dirigia para o bairro pouco depois do meio dia quando bateu em um ônibus, na Rodovia Arquimedes Naspolini, e morreu no local, no começo da tarde desta terça-feira.

Cinara prestava serviços à comunidade. Tanto que o presidente da União das Associações de Bairros de Criciúma (UABC), Edson do Nascimento, o Paiol, emitiu nota de pesar no início da tarde. “Que Deus conforte os familiares e amigos, e a você e seu filho minha grande amiga. Vão em paz”, referiu o presidente. Ela era secretária da entidade, que decretou três dias de luto.

Com Cinara, estava no carro o filho Nicolas Pavan Ferro, de 11 anos, que também faleceu na hora. No ano passado, ele foi medalha de bronze no Prêmio Acic de Matemática, na categoria 5º ano, pela Escola Fortunato Brasil Naspolini.

Comunidade reclama da via

Não é de hoje que moradores dos bairros Mina do Toco e Mina do Mato reclamam da ligação pela Rodovia Arquimedes Naspolini. “É uma estrada perigosa, sem sinalização, sem placa, sem pintura na pista. A gente vinha avisando, tratamos disso faz poucos dias em uma reunião”, diz o presidente da Associação de Moradores da Mina do Toco, Luiz Naspolini. Cinara fazia parte da diretoria e dos debates sobre esse e outros temas da comunidade.

“Agora, com essa fatalidade, esperamos que algo seja feito. É ali e na alça do Anel Viário, que abrimos uma picada e estamos usando. Ninguém sinaliza, ninguém cuida, é uma vergonha”, conclui Naspolini.