Baier lamenta provocação de zagueiro e justifica participação em confusão: 'nos chamou de timinho'

Paulo Baier foi um dos protagonistas da confusão generalizada após o apito final na derrota do Próspera para o Avaí, na noite deste domingo, dia 25, no estádio Heriberto Hülse. Depois do confronto e mais calmo, durante a entrevista coletiva, o técnico justificou o destempero e acusou o zagueiro avaiano, Fagner Alemão, de ter provocado a briga.

O Próspera segurava o empate até sofrer o gol aos 49 minutos da etapa final. Segundo o treinador, logo depois do apito final, o zagueiro teria se aproximado da casamata prosperana e provocado os atletas do Time da Raça. A ação causou indignação em Paulo Baier, que invadiu o campo buscando tirar satisfações com o defensor. 

Jogo terminou com confusão generalizada no Heriberto Hülse. (Fotos: Lucas Colombo/E.C Próspera)

“Todo mundo me conhece e sabe como eu sou, mas eu não vou deixar um jogador chamar os meus jogadores ou o clube de timinho. Então esse Alemão, que eu nem sei quem é, gritou na frente do nosso banco e chamou de timinho. Eu como comandante dificilmente me exalto, mas eu não admito desrespeitar o clube e desrespeitar os meus jogadores. Timinho jamais”, explicou.

Durante a confusão, uma cadeira de plástico foi arremessada em direção ao atacante Getúlio. A Polícia Militar (PM) entrou em ação e os ânimos se acalmaram. O resultado da briga foi as expulsões do próprio Paulo Baier, além de Sueliton, Eduardo e Lastra pelo lado prosperano. Curiosamente Fagner Alemão não levou cartão vermelho, mas pelo lado avaiano foram punidos e estão fora do confronto de volta os jogadores Wesley Soares e Getúlio. 

“Ele faltou com respeito. Outros jogadores, o Betão e o Giovanni, disseram que ele errou. Espero que esse menino tenha consciência e possa relatar e pedir desculpa, porque ele foi infeliz. Aconteceu toda essa situação por causa dele, eu acho que ele tinha que voltar um pouco mais na consciência de onde ele começou na vida, de repente ele começou em um time menor e não teve humildade. Eu não vou aceitar isso”, argumentou.

Estamos dentro de uma proposta humilde, em três anos subimos para a Série A. Ainda estamos nos estruturando, nos organizando e chega um cidadão, que não jogou em lugar nenhum, chamado o nosso time de timinho. Jamais eu vou deixar acontecer isso e se surgir de novo eu vou ser expulso de novo, não tem problema nenhum. No meu comando eu não deixarei chamar o meu time de timinho e os meus jogadores de jogadorzinho, mas não deixo mesmo. 

Paulo Baier, técnico do Próspera
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Esforço não foi suficiente

Baier não escondeu que a estratégia era segurar o ímpeto do adversário e aproveitar brechas para contra-atacar. Mesmo que o empate forçasse o Time da Raça ter que vencer na Ressacada, a ideia era levar no mínimo a igualdade para o confronto da volta, mas o gol no final atrapalhou os planos. Agora, para se classificar, a equipe precisará vencer por dois gols de diferença.

“Estávamos fazendo um jogo perfeito, de esforço, marcação, como é o Próspera. Lógico que ficamos tristes, tomamos um gol faltando 30 segundos para acabar, mas ainda dentro da nossa estratégia estávamos fazendo um jogo perfeito. Eu só tenho que agradecer os jogadores pelo empenho e pela dedicação que eles tiveram. A gente sabe das nossas limitações e eles jogaram dentro de uma estratégia”, reconhece.

Agora o Próspera terá que trabalhar para recondicionar fisicamente os atletas, sobretudo o zagueiro Gullithi e os meias Galiardo e Gabriel Henrique. “Tenho que exaltar os atletas, tenho quatro jogadores que estão no sacrifício. Tenho o Gullithi sentindo, tenho o Galiardo sentindo, o Gabriel… esses caras estão indo na raça, nem era para estarem jogando. Estão de parabéns”, reflete.

Além do mais, em função das expulsões, o Próspera também não terá o próprio Paulo Baier na casamata, Sueliton, Eduardo e Lastra. O confronto está marcado para quarta-feira, dia 28, às 20h30, na Ressacada em Florianópolis.