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“O desespero não pode tomar conta”, afirma goleiro Luiz

Tigre está em 19º e tem 83% de ser rebaixado para a 3ª divisão
“O desespero não pode tomar conta”, afirma goleiro Luiz
Foto: Rafaela Custódio / Arquivo Engeplus
Por Rafaela Custódio Em 24/10/2019 às 09:16

O Criciúma vive um momento difícil na Série B do Campeonato Brasileiro. Sem vencer há cinco jogos, o Tigre está em 19º lugar com 29 pontos e está a quatro de deixar a zona de rebaixamento. O próximo adversário será o Figueirense, em Florianópolis, no sábado, dia 26, às 16h30, pela 31ª rodada. O Alvinegro também está no Z4 da competição nacional. 

Apesar da fase ruim, o goleiro Luiz ressalta que a equipe carvoeira ainda não está rebaixada, mesmo que dados do Departamento de Matemática da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) mostrem que o Tigre tenha 83% de queda para a Série C.  “Eu sempre bato na tecla que coisas impossíveis são para pessoas que acabam aceitando. Ou seja, não é um fato, para nós é uma opção. Ou você acredita nela ou não. Pelo cenário que está montado, muita gente não acredita mais, mas para nós não, temos realmente que nos unir cada vez mais e evitar isso. Nesse momento não há justificativa, não tem o quer dizer”, declara. 

“Creio que nós não podemos esperar nada de fora, depende do nosso trabalho e dos atletas que aqui ficaram”. 
Goleiro Luiz 

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Luiz é o capitão da equipe tricolor e está no clube há cinco anos. Ele comenta que em momentos mais difíceis os atletas precisam se unir e focar apenas no trabalho. “Temos hoje um grupo mesclado. Nessa semana fizemos um trabalho intenso, evitando o máximo expor ou colocar os erros passados na balança, pois se der ênfase a isso vai trazer um peso maior. Importante é trazer mais confiança, ajustar o que é preciso e não ser uma equipe desiquilibrada. O desespero não pode tomar conta nesse momento. Quanto mais tranquilo, melhor. Não digo moroso, mas saber lidar com isso. Muitos ali são jovens, não tem noção do que passa, da pressão que está se tornando, mas no futebol tudo pode acontecer. Eu já vi ‘N’ situações onde muita gente achava que iria acontecer algo, demos volta por cima. Já passei por situações iguais. Já aconteceu em 2015, onde de oito partidas tínhamos que ganhar quatro, e isso aconteceu. É passar tranquilidade, tomar a frente, tirar a pressão dos mais jovens, assumir essa responsabilidade”, afirma.

Apesar do momento ruim, o camisa número 1 do Tigre entende que os jogadores se esforçaram muito ao longo da temporada. “A gente batalha, faz o melhor, mesmo muitos achando que não. Hoje está mais fácil criticar do que elogiar. Se você esperar o relógio para confiar no seu trabalho, não vai ocorrer isso. São anos de luta, sempre estive aqui nesses momentos e nunca me escondi, nunca me deixei abalar por crítica, dentro de campo batalhando e sempre consegui nesses momentos sobressair. Não carrego esse peso, pois tem outros jogadores além de mim, muitos atletas que tem essa função de estar ajudando. Eu preferia algo melhor, mas o que temos no momento é isso. Vamos fazer o máximo possível para que não deixe uma marca negativa no clube”, finaliza. O elenco tricolor ainda trabalha nesta quinta-feira, dia 24, visando o confronto de sábado.