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As palavras, ações e os números de Maringá no comando do Criciúma

Diretor anunciou que não fica no clube para a temporada 2020
As palavras, ações e os números de Maringá no comando do Criciúma
Foto: Heitor Carvalho
Por Heitor Carvalho Em 18/09/2019 às 20:58

Nesta quarta-feira, dia 18, durante um café com a imprensa realizado pelo Criciúma, o diretor executivo de futebol, João Carlos Maringá afirmou que não segue no Tigre após o término da Série B. O anúncio pegou todos de surpresa, já que a pauta do encontro eram as promoções de ingressos.

Antes de Maringá anunciar sua decisão, fizeram uso da palavra o diretor de marketing e comercial, Júlio Remor e o vice-presidente financeiro Valci Montovani, ambos trataram sobre assuntos ligados a seus setores. Além deles, o vice-presidente administrativo Arlindo Rocha também conversou com a imprensa “Precisamos nos unir (com a torcida) para reverter essa situação, essa é a nossa única opção”, afirmou Rocha, que concluiu sua fala cobrando de Maringá uma reação do time na luta contra o rebaixamento.

 

“Fico até o fim do ano. Nós vamos escapar e depois o Jaime vai procurar outro diretor até melhor que o Maringá"

João Carlos Maringá, diretor executivo de futebol

 

Foi dessa forma que o diretor executivo do Criciúma anunciou que não segue no clube para 2020. “As dificuldades do Criciúma vão muito além do futebol”, afirmou o dirigente, reforçando que a prova disso é que há tempo o clube sofre com temporadas difíceis.

Questionado sobre a possibilidade de essa notícia influenciar no desempenho dos atletas, Maringá acredita que isso não aconteça. “Eles tem família, contas para pagar, então precisam trabalhar para garantir o futuro, seja no Criciúma ou em outro clube”.

Do anúncio da contratação até o anúncio da despedida

Maringá foi anunciado e apresentado pelo Criciúma no dia 11 de março, em uma segunda-feira. No dia anterior, o Tigre tinha sido derrotado pela Chapecoense no Heriberto Hülse, por 1 a 0, em jogo válido pela 12ª rodada do Catarinense. Após a derrota a torcida protestou e para silenciar os cantos vindos da arquibancada, o sistema de som do estádio tocou o hino do clube, deixando os torcedores ainda mais indignados com a situação.

 

“Queria demonstrar a minha satisfação em voltar ao Tigre. Estar retornando aqui é muito bom. No passado deixei uma sementinha e agora venho, não pensei duas vezes.”

João Carlos Maringá, diretor executivo de futebol (durante apresentação em março)

 

Antes do atual executivo, o cargo de diretor de futebol era ocupado por Nei Pandolfo, demitido junto com o técnico Doriva. Além de Pandolfo e Doriva, demitidos no dia 5 de março, mais um nome se juntaria ao deles, Ricardo Rocha, que atuava como assessor de futebol e de forma amigável clube e empresário encerraram o vínculo dois dias após apresentação de Maringá.

Sob o comando de Maringá o Criciúma teve três técnicos, Gilson Kleina, Wilsão e agora Waguinho Dias. Desde a chegada do diretor 12 jogadores foram contratados pelo Tigre: o goleiro Paulo Gianezini, o lateral direito Marcos Vinícius, os zagueiros Léo Santos, Thalles e Mateus Ferreira, os volantes Liel, Adilson Goiano, Wesley e Foguinho, além dos atacantes Vinicius, Léo Gamalho e Lúcio Flávio.

Em campo o Criciúma soma duas eliminações, a primeira aconteceu na semifinal do Catarinense, nos pênaltis para o Avaí e a segunda na Copa do Brasil, após duas derrotas para a Chapecoense na 3ª fase da competição. Já na Série B o Tigre atualmente ocupa a 18ª colocação, com 23 pontos, em 22 jogos disputados. O Criciúma tem um aproveitamento de 34% no Brasileirão, com cinco vitórias, 8 empates e 9 derrotas.

O próximo desafio do Tigre é contra o vice-líder, o Atlético-GO, sexta-feira, dia 20, às 19h15. Será o primeiro jogo do Criciúma após o anúncio de Maringá.