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Dissecando os reforços do Criciúma: Philipe Maia, Léo, Gustavo, Helder

Os quatro contratados abastecem o sistema defensivo do técnico Hemerson Maria
Dissecando os reforços do Criciúma: Philipe Maia, Léo, Gustavo, Helder
Foto: Celso da Luz / Criciúma E.C.
Por Eduardo Madeira Em 23/02/2021 às 08:25

Um dos setores mais reforçados pelo Criciúma para a temporada 2021 foi a defesa. E será exatamente esta área do gramado a ser dissecada nesta terça-feira, dia 23. Perto de encerrarmos nossa série de análises dos reforços, conto detalhes dos perfis do goleiro Gustavo, dos laterais Léo e Hélder e do zagueiro Philipe Maia.

Confira abaixo:

Philipe Maia

O zagueiro de 25 anos desembarca em Criciúma com um recente rebaixamento nas costas. Ele estava no elenco do Paraná em 2020, que será adversário carvoeiro na Série C desta temporada. Ressalte-se que Philipe Maia teve passagem discreta no time paranista, participando apenas oito jogos, mas carregou consigo um gol contra, no mínimo, bizarro contra o Avaí (cabeceou para trás uma bola onde ele e um companheiro estavam sozinhos, encobrindo o próprio goleiro) e quatro cartões amarelos.

 

Não viu ainda?

Na cobrança de falta de Edilson, o zagueiro Philipe Maia acabou cabeceando contra o próprio gol.

Avaí 2 x 1 Paraná Clube.

Vídeo: Rodrigo Polidoro/Mix Mídia#Avaí#ParanáClube#SérieB2020pic.twitter.com/Z9iXHt7AUM

— Polidoro Júnior (@PolidoroJunior) November 13, 2020

 

Apesar desse passo em falso no Paraná, esta foi longe de ser a passagem mais relevante da carreira do defensor, que se destacou pelo Guarani, em 2018, ano onde mais jogou e acabou deixando mais claro seu perfil. No alto dos seus 1,85m, se notabilizou como um zagueiro forte no jogo aéreo, mas que não tem tanta velocidade e técnica. É, basicamente, um defensor rebatedor, de jogo firme, sem tanta firula.

Deve lutar pela titularidade, mas enfrenta concorrência forte na posição, principalmente por jogar, predominantemente, pelo lado direito.

Léo

Campeão gaúcho em 2017 pelo Novo Hamburgo, Léo vive altos e baixos desde então. Chegou a ser titular no Cuiabá, mas falhou em aventura no futebol paulista. Voltou ao time do Mato Grosso em 2020, mas foi reserva na Série B. Aos 27 anos, busca afirmação no Criciúma.

Trata-se de um lateral direito com perfil bem interessante. É alto para um lateral - 1,87m - e consegue aliar essa altura com explosão física. Costuma ser um jogador bastante presente na construção ofensiva, buscando a linha de fundo constantemente. Também é cobrador de faltas. Chega para ser titular na defesa criciumense.

Gustavo

Uma das melhores contratações do Criciúma até aqui. Se compararmos com outros reforços, Gustavo talvez seja o que mais tenha jogado em 2020 em uma equipe relevante: o Sampaio Corrêa, que em determinado momento da última Série B, lutou pelo acesso. O goleiro também tem bom histórico de base: foi campeão da Copa do Brasil Sub-20 em 2012 pelo Vitória e no ano seguinte disputou o Sul-Americano da categoria pela seleção brasileira, num time que ainda tinha jogadores como Luan García (Palmeiras), Felipe Anderson (Porto), Rafinha Alcântara (PSG) e Fred (Manchester United). O time maranhense foi o primeiro a dar mais minutos a ele.

Ao longo da Série B, Gustavo mostrou ser, principalmente, um goleiro que consegue antecipar muitos movimentos. Ou seja, houve muitos lances em que conseguiu agir antes que o atacante adversário definisse a jogada. Por isso, não se assuste se vê-lo saindo da área para fazer um corte, atuando quase como líbero. Isso também não o limita embaixo dos três paus, onde também mostrou bom rendimento, com reflexo apurado. 

Em condições normais, será titular do time de Hemerson Maria.

Helder


Foto: Celso da Luz / Criciúma E.C.

O lateral esquerdo tem milhas rodadas pelo país: Londrina, Grêmio, Bahia, Figueirense, Ceará… O último destino foi Caxias do Sul, vestindo a camisa do Juventude. Participou da campanha do acesso para a Série A, sendo titular em 13 dos 22 jogos que participou.

Hélder, de 32 anos, se caracteriza como um lateral bastante ofensivo. Não à toa, quando ganhou projeção no Grêmio em 2008, atuava como um ala numa formação com três zagueiros. Tem um perfil diferente de Léo Campos, que atua na mesma posição e é mais técnico. Hélder é mais físico, veloz e possui um jogo ofensivo mais agressivo. Sua titularidade fica condicionada ao plano estratégico de Hemerson Maria: quer forçar o jogo lateral? Vai com Hélder. Prefere um jogo mais pausado e construído? Léo Campos.

Amanhã, fechamos a série com Alisson, Gabriel Silva e Pedrinho.

Twitter: @omadeirinha / Instagram: @omadeirinha