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Bancos centrais sinalizam intervenção
Os movimentos de algumas grandes economias, incluindo os Estados Unidos, de cortar as taxas de juros e prometer bilhões de dólares para combater a epidemia pouco fizeram para amenizar os temores sobre a propagação do vírus e as crescentes consequências econômicas, com cadeias de suprimentos comprometidas em todo o mundo, especialmente na China.
Em Nova York, o JPMorgan dividiu sua equipe entre locais centrais e um lugar secundário em Nova Jersey, enquanto o Goldman Sachs mandou alguns traders para escritórios secundários próximos em Greenwich, Connecticut e Jersey City.
Em Londres, capital financeira da Europa, o bairro de Canary Wharf estava extraordinariamente calmo. O escritório da S&P Global ficou vazio depois que a empresa enviou seus 1.200 funcionários para casa, enquanto o HSBC pediu que cerca de 100 pessoas trabalhassem de casa após exame positivo para a doença em um funcionário.
"Há uma preocupação de que, embora tenha havido uma resposta do Fed, dada a natureza do problema, isso é algo com que o banco central pode realmente ajudar?" disse John Davies, estrategista de taxas do G10 no Standard Chartered Bank em Londres.
O surto matou mais de 3.400 pessoas e atingiu mais de 90 países, sendo que seis deles relataram seus primeiros casos nesta sexta-feira.
O surto se espalhou pelos Estados Unidos, aparecendo em pelo menos quatro novos Estados, e também em San Francisco.
Mais de 2 mil pessoas ficaram presas no navio Grand Princess depois que ele foi impedido de retornar ao porto de San Francisco porque pelo menos 35 pessoas a bordo desenvolveram sintomas semelhantes aos da gripe. Kits de exames foram entregues no mar para a embarcação.
As bolsas de valores da Europa abriram acentuadamente em baixa na sexta-feira, após outra sessão de alta volatilidade em Wall Street
Com o número de casos confirmados aumentando rapidamente em toda a Europa, e com medidas cada vez mais severas sendo tomadas para proteger a saúde pública em todo o continente, os temores de um grande golpe na economia se fortaleceram substancialmente nesta semana. O número de casos na Alemanha aumentou para 534 no início de sexta-feira, enquanto a França agora tem 423 casos confirmados.
Na abertura dos mercados, (0815 GMT), o índice Euro Stoxx 600 caiu 6,7 pontos, ou 1,8%, para 374,10. O DAX alemão caiu 1,7%, enquanto no Reino Unido O FTSE 100 caiu 1,3% e o FTSE MIB italiano - sediado no epicentro da maior epidemia de coronavírus da Europa - caiu 2,1%.
As ações dos Estados Unidos despencaram nesta quinta-feira, com as ações de bancos e de empresas de viagens sofrendo forte baque, conforme uma nova onda de medo sobre a disseminação do coronavírus e seu impacto econômico dominava os investidores apenas um dia após os resultados das eleições terem motivado uma alta.
Os principais índices recuaram mais de 3%. Na quarta-feira, o mercado registrou enormes ganhos após o sucesso do moderado Joe Biden nas primárias da Super Terça para a indicação presidencial democrata.
O coronavírus já provocou mais de 3.300 mortes em todo o mundo. Nos Estados Unidos, novos casos do vírus foram notificados nesta quinta-feira em torno de Nova York e de São Francisco.