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Livro sobre projeto para recuperação de drenagem ácida de mina é lançado

Parte dos estudos foi realizada em Siderópolis
Livro sobre projeto para recuperação de drenagem ácida de mina é lançado
Foto: Divulgação
Por Redação Engeplus Em 16/04/2017 às 18:18

O projeto inédito no Brasil de uso do ozônio na recuperação de solo e água contaminados por metais pesados, desenvolvido entre 2013 e 2016 em Minas Gerais e Santa Catarina, virou livro. O estudo realizado por um grupo de instituições brasileiras, incluindo a Unesc, em minas de urânio e carvão concluiu a viabilidade e eficácia do uso do gás para este fim. Todo o processo deste projeto foi detalhado na obra “Ozônio na Recuperação de Solos e Recursos Hídricos por Mineração”, que foi lançado pela Editora Unesc.

O projeto “Processo de geração e transferência de ozônio na recuperação de solos e recursos hídricos contaminados por metais pesados em mina de urânio” iniciou em 2013, em Caldas (MG) e, no fim de maio de 2015, os estudos iniciaram em Siderópolis, na mina desativada São Geraldo.

“Os estudos demonstraram que esta tecnologia tem eficácia e é competitiva em comparação a outras já utilizadas. Em um momento em que enfrentamos carência de recursos hídricos, é bastante apropriado que essa tecnologia seja aplicada”, comenta o professor doutor da Unesc, Elídio Angioletto, quem coordena os trabalhos de pesquisa do projeto.

Ele explica que o ozônio faz o papel do cloro, apresentando benefícios a mais. A água tratada pode ser utilizada para diversos fins, como irrigar lavouras, para a criação de peixes, para esportes aquáticos e para animais beberem.

Segundo Angioletto, o objetivo do livro é divulgar a tecnologia e os resultados obtidos, sendo uma espécie de prestação de contas para a sociedade, já que a pesquisa teve aporte financeiro do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). O projeto também teve a participação de acadêmicos da Unesc, que são coautores do livro.

Parceria

A Unesc, por meio do Iparque (Parque Científico e Tecnológico), faz parte de um grupo formado pela Fundação Patria (Fundação Parque de Alta Tecnologia da Região de Iperó e Adjacências), pela empresa Brasil Ozônio, de São Paulo, e pela INB (Indústrias Nucleares do Brasil), com sede em Caldas, que aprovou junto ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) uma concessão de apoio não reembolsável de R$ 9,6 milhões. O projeto está orçado em R$ 10,8 milhões e a Brasil Ozônio, fornecedora dos geradores de ozônio, é responsável por uma contrapartida de R$ 1,2 milhão.

O projeto conta também com a participação de pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN) e da Comissão de Energia Nuclear (CNEN). A Unesc entrou no projeto como Instituição Tecnológica e responsável técnica por aplicar, avaliar e construir indicadores de eficácia da aplicação de ozônio nos solos e nas águas.

O livro será doado para instituições do Brasil e do exterior e pode ser baixado gratuitamente através deste link.

Colaboração: Milena Nandi/Comunicação Unesc